Conheça as cidades mais ‘jovens’ da Amazônia Legal

Entre florestas e rios, surgem também novas cidades, algumas recém-emancipadas e outras marcadas pela juventude da população.

Foto: Reprodução/Alepa

A Amazônia Legal, que abrange nove estados brasileiros — Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins —, é uma região vasta, rica em biodiversidade, culturas e histórias. Entre florestas densas e rios imponentes, surgem também novas cidades, algumas recém-emancipadas e outras marcadas pela juventude de sua população. Conheça as cidades mais novas desses estados que moldam a face de uma Amazônia em transformação.

📲 Confira o canal do Portal Amazônia no WhatsApp

Acre – Rodrigues Alves (33 anos)

Fundada em 28 de abril de 1992, Rodrigues Alves está situada no Vale do Juruá, no Acre. É conhecida como “Terra dos Nauas”, em referência ao povo indígena que habitava a região. Com pouco mais de 30 anos de existência, o município representa um dos mais recentes capítulos na história acreana.

Em 1960, a Petrobrás fez uma perfuração na busca de petróleo, nada foi confirmado, porém foram gerados vários empregos e a circulação de dinheiro aumentou, trazendo para a colônia mais famílias, nessa mesma época a colônia foi transformada em Vila de Cruzeiro do Sul e sendo administrada por um subprefeito. Em 1991, através de plebiscito a vila Rodrigues Alves passou a município, tendo sido realizadas em 1992 eleições para escolha de prefeito e vereadores.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Rodrigues Alves

Amapá – Oiapoque (80 anos)

O município de Oiapoque foi criado em 23 de maio de 1945, sendo, portanto, o mais recente do Amapá. Está localizado no extremo norte do Estado, a 590 quilômetros de Macapá.

O município originou-se da morada de um mestiço, de nome Emile Martinic, o primeiro habitante não-índio do município. Sabe-se que a localidade passou a ser conhecida como “Martinica”; e, ainda hoje, não é raro ouvir essa designação, notadamente de habitantes mais antigos. Em 1907, o Governo Federal criou o Primeiro Destacamento Militar do município, que servia de abrigo a presos políticos. Alguns anos depois, esse destacamento foi transferido para Santo Antônio, atual distrito de Clevelândia do Norte, com a denominação de Colônia Militar. Para consolidar a soberania nacional sobre as áreas limítrofes, face ao contestado franco-brasileiro, foi, então, erguido um monumento à pátria, indicativo do marco inicial do território brasileiro. O município foi criado 1945, através da lei 7578.

Foto: Reprodução/Governo do Amapá

Amazonas – Apuí, Careiro da Várzea e Guajará (37 anos)

Os municípios de Apuí, Careiro da Várzea e Guajará foram os últimos a serem integrados no Amazonas. Os três foram registrados em 30 de dezembro de 1987.

Apuí – O Município de Apuí teve sua emancipação política através da Lei Estadual Nº 1.826, de 30 de dezembro de 1987. No início de 1988 o Governador do Estado do Amazonas Senhor Amazonino Mendes, nomeou o Senhor João Alves Torres Netto como administrador provisório do município de Apuí, até que fossem realizadas as eleições para a posse do Prefeito. Com a realização da eleição, foi eleito Prefeito Vitor Cezar Catuzzo Marmentini, tendo como Vice Edimar Vizolli. 

Careiro da Várzea – A cidade destaca-se com as festividades religiosas, principalmente a que se realiza à Nossa Senhora da Conceição, e pela celebração em torno do laticínio no Festival do Leite, e também no Festival do Repolho.

Guajará – O povoado de Guajará, resultante da antiga invasão do seringal do mesmo nome que pertencia à família Badarane e ocupava as extensões de terra do atual município, é elevado à condição de Vila em 1979. Oito anos mais tarde, é criado o município de Guajará, por força do Decreto-Lei nº 1.831. O primeiro prefeito do município foi eleito nas eleições municipais de 1988, assim como os nove vereadores da Câmara municipal do município.

Mato Grosso – Boa Esperança do Norte (25 anos)

Boa Esperança do Norte é oficialmente o município mais novo de Mato Grosso — e do Brasil. Criado em 2000, só foi emancipado em 2023 após decisão do Supremo Tribunal Federal. Localizada na região sudeste do estado, a cidade é símbolo da expansão territorial e administrativa em busca de autonomia local.

Boa Esperança do Norte foi criada pela Lei Estadual nº 7.264, de 29 de março de 2000, de autoria do falecido deputado estadual Nico Baracat, mas não foi instalada. A emancipação foi aprovada pela população mediante plebiscito ocorrido no mesmo dia.

Foto: Reprodução/Confederação Nacional de Municípios

Maranhão – Nova Olinda do Maranhão (31 anos)

Criada em 10 de novembro de 1994 pela Lei nº 6.159, Nova Olinda do Maranhão representa a renovação no interior maranhense. Com uma população majoritariamente jovem, o município destaca-se pelo crescimento demográfico e pela busca de melhorias em educação e infraestrutura.

A historia de Nova Olinda do Maranhão tem seu inicio exatamente no ano de 1963, com a chegada do senhor Antonio Araújo da Silva (Antonio Ferreira) com sua esposa dona Maria Oneide, ainda chegaram as famílias de Antonio Feitosa Bezerra (Gurupi), Pedro Sois, Acelino Bezerra, João Bezerra e Gonçalinho Porfírio. Todos vinham buscar terras que fossem férteis para o cultivo do arroz, mandioca, milho, feijão e outros produtos.

Nova Olinda do Maranhão. Foto: Reprodução/Prefeitura de Nova Olinda

Pará – Mojuí dos Campos (12 anos)

Criado oficialmente em 2013, Mojuí dos Campos é o município mais novo do Pará. Localizado na região do Baixo Amazonas, ele simboliza o avanço da urbanização e da administração pública em áreas antes vinculadas a Santarém.

A origem do nome da vila deu-se pelo fato de que nos primórdios da década de 1910 as primeiras famílias que chegaram encontraram áreas cobertas de capins que na época eram conhecidos por Mojuí. Assim denominando-se de Mojuí dos Campos ou Capim dos Campos.

Cidade de Mojuí dos Campos. Foto: Reprodução/Alepa

Roraima – Caroebe (31 anos)

Caroebe foi desmembrado de São João da Baliza em 1994 e instalado oficialmente em 1997, sendo o município mais novo de Roraima.

O município tem vocação para o meio agrícola. Logo, a produção está direcionada para as culturas do arroz, mandioca, banana, milho e laranja. No entanto, a variedade de produtos com perspectivas de cultivo é bastante vasta.

Cidade de Coroebe. Foto: Reprodução/ALE-RR

Rondônia – Buritis (30 anos)

Com fundação em 1995, Buritis é uma das cidades mais novas de Rondônia. Situada em uma região de expansão agropecuária, vem se consolidando como polo emergente no noroeste do estado.

O município de Buritis foi criado pela Lei Estadual nº 649, de 27 de dezembro de 1995, desmembrado dos municípios de Campo Novo de Rondônia e Porto Velho. A origem do povoamento da área veio de uma comunidade de agropecuária. O topônimo deriva de uma palmeira encontradiça nas regiões de cerrado.

Cidade de Buritis. Foto: Reprodução/Prefeitura de Buritis

Tocantins – Palmas (36 anos)

Palmas é a mais jovem capital do Brasil, fundada em 1989 para ser a sede do recém-criado estado do Tocantins. Desde então, tem experimentado um crescimento acelerado, se destacando pelo planejamento urbano moderno e pela população jovem e em constante formação.

A cidade de Palmas é bastante jovem se comparada às outras capitais brasileiras e conta com uma ampla variedade de estabelecimentos culturais, onde é possível desfrutar e apreciar as riquezas culturais e naturais do Tocantins. 

Cidade de Palmas. Foto: Reprodução/Prefeitura de Palmas

Leia também: Saiba quais são as cidades mais antigas da Amazônia

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Silêncio como forma de resistência: indígenas isolados na área de influência da BR-319

Especialistas alertam: o ritmo das ameaças é mais veloz que o das garantias.

Leia também

Publicidade