Caminhos para a Amazônia: mapeamento dá visibilidade a iniciativas que apoiam negócios de impacto na região

O levantamento mapeou iniciativas que atuam no desenvolvimento, investimento e financiamento de organizações de impacto socioambiental positivo na Amazônia

O levantamento chamado de ‘Caminhos para a Amazônia: Iniciativas de apoio a organizações de impacto‘, mapeou 62 instituições que, por meio de seus programas, têm fortalecido o ecossistema de inovação e impacto socioambiental positivo nos estados da Amazônia Legal. Entre os inscritos, estão fundações, empresas, organizações da sociedade civil, programas, institutos de pesquisa, universidades e outros.

A ação é uma iniciativa da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), em parceria com USAID/Brasil e Aliança Bioversity/CIAT. O mapeamento foi organizado com apoio da Amazon Investor Coalition (AIC), da Fundação CERTI e do programa Partnerships for Forests (P4F), financiado pelo governo do Reino Unido. Como realizador, contou com o Quintessa, aceleradora de impacto de referência no setor.

Mapeamento dá visibilidade a iniciativas que apoiam negócios na região – Foto: Markus Spiske/ Unsplash

O principal objetivo da publicação é proporcionar uma contribuição para o ecossistema ao dar visibilidade para as diferentes iniciativas já existentes, explorando seus diferenciais, tipos de suporte oferecidos, níveis de investimento e financiamentos que vêm sendo direcionados para a Amazônia. Não menos importante, visa facilitar a conexão entre a população empreendedora e os programas e projetos que podem apoiá-la.

Destaques da publicação 

Por meio de uma chamada aberta, as organizações participantes na pesquisa inscreveram 66 iniciativas diferentes, sendo que 90% destas foram fundadas nos últimos 12 anos, o que denota um ecossistema ainda em amadurecimento e estruturação. Outro dado interessante é que 72% das organizações que inscreveram propostas são lideradas por mulheres e 67% consideram questões de gênero prioritárias para avaliação e mensuração do seu portfólio.

Quanto aos tipos de suporte fornecidos, o foco está no desenvolvimento em gestão, conexão e capacitação das organizações. Grande parte das iniciativas (45%) não possui expectativa de retorno financeiro, sendo metade delas ofertadas de forma gratuita. Em relação ao público beneficiário, há forte interesse em organizações do terceiro setor ou de base comunitária (77% das iniciativas), com olhar para populações indígenas ou extrativistas (64 das 66 iniciativas).

Leia também: Entenda a diferença entre Amazônia Legal, Internacional e Região Norte

Segundo Augusto Corrêa, Secretário Executivo da PPA, “é notável o grande interesse do mercado e os crescentes investimentos na Amazônia, percebe-se que há diversificação e fortalecimento das chamadas ‘organizações dinamizadoras’ ou ‘intermediárias’. Por outro lado, esse mapeamento nos mostrou que a capacidade desse ecossistema ainda precisa ser desenvolvida, tendo em vista o tamanho da região e dos seus desafios. Por esta razão, acreditamos que é fundamental aumentar a articulação entre os atores e a construção de soluções sinérgicas e complementares, o que demonstra o valor desta iniciativa da PPA”, comenta Augusto.

“O mapeamento é um instrumento importante para reconhecer o trabalho que diversas organizações vêm realizando no apoio ao empreendedorismo de impacto na Amazônia e trazer cada vez mais informação e visibilidade sobre os desafios e particularidades do ecossistema na região. É fundamental que os empreendedores tenham conhecimento das oportunidades de desenvolvimento para seus negócios e que institutos, fundações e investidores conheçam as iniciativas e possam apoiar e investir no amadurecimento do setor, e o mapeamento ‘Caminhos para a Amazônia’ é uma ótima contribuição neste sentido”, complementa Gabriela Bonotti, sócia-diretora do Quintessa.

O mapeamento ‘Caminhos para a Amazônia’ pode ser lido na íntegra e baixado de forma gratuita pelo site.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

IBGE divulga que Brasil tem mais de 8,5 mil localidades indígenas

Pesquisa indica que entre 2010 e 2022 a população indígena cresceu 88,9% e aponta desafios em temas como saneamento, coleta de lixo e educação.

Leia também

Publicidade