Uma baleia-jubarte (Negaptera Novaeangliae) de 12 metros de comprimento foi encontrada morta, no último dia 15, no arquipélago do Bailique, a 180 quilômetros de Macapá (AP). Pesquisadores afirmam que não existe registro de outro aparecimento de jubartes, vivo ou morto, na costa do Amapá. Esse é o primeiro relato.
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O encalhe do animal foi confirmado, nessa segunda-feira (17), pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM). A baleia foi encontrada morta por moradores da região, no dia 15 de dezembro, mas pesquisadores dizem que o encalhe ocorreu quatro dias antes.
Foto: Reprodução/Facebook
A oceanóloga Miriam Marmontel, líder do grupo de pesquisa, informou ao G1 Amapá que a baleia foi encontrada em uma região de estuário, onde o rio se mistura com o mar através de vários canais ou braços. Ela já se encontrava em estado de decomposição.
A pesquisadora também disse que ainda não é possível afirmar se a baleia já estava morta no momento em que encalhou. A equipe do IDSM coletou amostras de tecido molecular que devem ser usados para identificar de qual continente a baleia migrou, além de análise genética e identificação de metais pesados.
As populações de jubartes vivem nos continentes Norte-Americano e Sul-Americano. No Sul-Americano, as baleias geralmente saem da região Antártida, onde se alimentam, e vão se reproduzir em Abrolhos, na Bahia, onde se concentram o maior número de Jubartes no Brasil.
“As baleias podem morrer no oceano por causas naturais ou não, e aí a maré vem trazendo para terra. A gente não pode definir, com certeza, se ela encalhou já morta porque não existem pessoas que viram no momento. A região onde ela encalhou não há moradores, por isso ficamos sabendo do acontecido dias após, pelas redes sociais”, explicou ao G1.
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O Instituto Mamirauá, especialista em mamíferos aquáticos, destaca que o principal fator de mortalidade de cetáceos ao redor do mundo são as redes de pesca. No caso da jubarte encalhada no Bailique, essa é uma hipótese não descartada, no entanto, o Instituto ressaltou que, em razão do estado de decomposição, não será possível identificar a razão da morte.
O reflexo deste intercâmbio é sentido até hoje. Haja vista, os muitos nomes de mesatenistas amazonenses que fizeram e fazem história, nacional e internacionalmente.
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