Arara catalina: espécie que ocorre em cativeiro apresenta cor laranja

Híbridas, elas são o resultado do cruzamento entre a arara-canindé e da araracanga, encontradas principalmente em cativeiro, mas também com registros na natureza.

Foto: Reprodução/casadospassaros.net

As araras, assim como as onças, são os animais mais conhecidos da Amazônia, mas a fauna amazônica, rica e diversa como é, pode surpreender até mesmo com relação à esses populares animais. No caso das araras, por exemplo, é difícil não pensar nas vermelhas ou nas azuis. Mas e que tal araras laranjadas?

Parece estranho, mas esse é o caso das araras-catalinas. Híbridas, ou seja, resultado do cruzamento entre a arara-canindé (Ara ararauna) e da araracanga (Ara macao), elas pertencem a família Psittacidae e são animais encontrados principalmente em cativeiro, raramente encontras na natureza.

O biólogo Pedro Meloni relatou ao Portal Amazônia algumas curiosidades sobre essa espécie:

O especialista enfatizou ainda que outras espécies podem “hibridizar” e também gerar descendências misturadas.

“As araras, do gênero Ara, também podem hibridizar e gerar proles misturadas. No Brasil temos quatro espécies de grandes araras: arara-canindé (Ara ararauna), arara-vermelha (Ara chloroptera), araracanga (Ara macao) e maracanã-guaçu (Ara severus). Todas ocorrem na Amazônia, mas a abundância de cada espécie vai variar regionalmente, assim como a sobreposição das espécies num mesmo habitat”, explicou.

O biólogo chama a atenção para um acontecimento que pode ter consequência na conservação da espécie:

A coloração do animal se tornou um atrativos para muitas pessoas que buscam animais diferentes para criar como pets. Porém, para esse tipo de animal é necessário seguir regras e orientações.

Entenda: Saiba como criar animais silvestres como pets legalmente

“Embora a ocorrência de arara-catalina seja rara na natureza, parece ser uma espécie muito apreciada em cativeiro por combinar ‘o melhor’ das outras duas espécies. No entanto, criar animais em casa, principalmente aves, é algo muito delicado. Por isso, se optar por ter algum em domicílio, só adquira de locais credenciados e de confiança”, alerta o biólogo.

*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar 

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