O Amazon Sat é o primeiro canal temático sobre a Amazônia e ganha uma nova identidade visual e programação este ano.
“A Amazônia para o mundo ver”. Essa frase pode resumir a principal missão do Amazon Sat, o primeiro canal temático sobre a região amazônica. Há 24 anos, a rede de televisão que é considerada a “cara e a voz da Amazônia e do amazônida” gera conteúdo que tem como fonte principal a fauna, flora e cultura na Amazônia.
No livro ‘História: Rede Amazônica’, o jornalista e historiador Abrahim Baze relata que o Amazon Sat surgiu após a liberação de um espaço no satélite que a Rede Amazônica utilizava para divulgar a programação de suas afiliadas. Porém, a história do canal começa muito antes do seu lançamento em 1998.
Com o passar dos anos, sua programação foi se transformando, dedicando-se ainda mais em retratar as características e peculiaridades da região, bem como mostrar verdadeiramente as realidades amazônicas, que muitas vezes são deturpadas fora da região. Assim, o Amazon Sat, com isenção e profissionalismo, firmou-se como o canal de comunicação gerado na Amazônia para o Brasil e o mundo.
Inclusive, Baze lembra com carinho dos primeiros anos do canal que, na época, funcionava em um gabinete nas dependências do Grupo Rede Amazônica. “Neste momento, o doutor Phelippe Daou me contatou e convidou para fazer um programa no canal e eu topei a ideia”, contou ao Portal Amazônia.
O programa em questão era o ‘Literatura em Foco’, que já completou 22 anos de existência e segue no ar. “Eu gosto de dizer que o Amazon Sat é o canal que mais prepara os profissionais para o mercado, um grande laboratório de televisão. Foram muitos que passaram ao longo desses 20 e poucos anos, mas que aprenderam aqui, ou seja, todos os que passaram por aqui, saíram ainda mais apaixonados pelas suas profissões”, contou.
Paixão pelo jornalismo
Atualmente, três dos principais apresentadores do Grupo Rede Amazônica podem contar suas experiências no Amazon Sat. O jornalista Breno Cabral é um deles, que começou sua carreira no canal temático em 2014. “Eu comecei sendo repórter do esporte, mas com o passar do tempo migrei para os outros programas, como por exemplo, o jornalismo factual e também sobre turismo”, destacou.
Atualmente no comando do ‘Bom Dia Amazônia’, Cabral acredita que toda a experiência obtida no Amazon Sat serviu como base para o seu profissionalismo. “O Amazon Sat significa uma sustentação que construí durante os anos, afinal, tive contato com todas as áreas do jornalismo e pude aplicar no meu processo de trabalho”, disse o jornalista.
Voando alto
A atual apresentadora da segunda edição do Jornal do Amazonas, Luana Borba conseguiu uma oportunidade de ouro em 2020. Ela participou de um rodízio de âncoras que apresentavam o Jornal Nacional, da Rede Globo. Além dela, participaram da dinâmica os jornalistas Ayres Rocha (Acre), Aline Ferreira (Amapá), Ana Lidia Daibes (Rondônia) e Ellen Ferreira (Roraima).
‘Planeta Amazônia’, ‘Isto é Igreja’, ‘Amazônia em Revista’, ‘Estação Turismo’ e ‘Sabores da Amazônia’ foram alguns dos programas que Luana apresentou na telinha do Amazon Sat. Ela entrou para a equipe em 2004 e aproveitou todas as oportunidades para aprender sobre as etapas do jornalismo.
“Teve uma época em que eu apresentava e editava as matérias. Foi uma grande loucura, mas, ao mesmo tempo, descobri muito sobre mim. Em seguida, fui para outros Estados e acabei me destacando pela experiência que obtive nos meus anos de Amazon Sat. Afinal, segurar um programa ao vivo durante três horas não é fácil e nos prepara para qualquer situação”, afirmou a jornalista.
Versatilidade
Novo Amazon Sat: as cores que refletem a Amazônia
“Ser a cara e a voz da Amazônia é da nossa natureza”
O coordenador do Amazon Sat, Lemmos Ribeiro, destaca que a mudança do canal acontece como “um casamento” do conteúdo com a plástica da identidade. “É mais moderno, mais atualizado, que conversa tanto com um público adulto, quanto com um público mais jovem. A gente quis trazer isso, resgatar a memória afetiva do Amazon Sat que todo mundo conhece, com um toque mais moderno. Tínhamos uma paleta de cores muito voltada pro verde e pro azul e resolvemos mudar isso porque a Amazônia é representada por todas as cores”, reforça.
E a programação passa a ter um viés ainda mais focado na cara e na voz da Amazônia e do amazônida. “Nós fizemos uma reformulação retirando da grade tudo que não fala de Amazônia. A essência do canal é falar de Amazônia e fizemos uma curadoria, pois trabalhamos 24 horas de programação local. Por isso fizemos parcerias com programas independentes que falem sobre a Amazônia para fazer parte dessa programação, que abrange todos os Estados da Amazônia Legal”, enfatiza.