Foto: Reprodução/Rede Amazônica AM
Alguns dos maiores acidentes aéreos no Amazonas aconteceram devido os desafios logísticos de sua vasta extensão territorial, fatores climáticos e até mesmo por falhas humanas e, ainda, de motores.
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Os acidentes envolveram desde aeronaves de pequeno porte até grandes aviões comerciais e revelam os riscos da aviação em áreas remotas e da falta de revisão das aeronaves. Saiba
Queda do voo 4815 da Rico Linhas Aéreas (Amazonas, 2004)
No dia 14 de maio de 2004, um avião modelo Embraer 120 Brasília, da Rico Linhas Aéreas, caiu enquanto se preparava para pousar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM). A aeronave havia decolado após uma escala em Tefé com 30 passageiros e três tripulantes a bordo.

O voo fluiu normalmente até o momento em que a aeronave se preparava para pousar em Manaus, quando começou a perder altitude e colidiu com árvores em uma área de floresta a apenas 30 km da capital amazonense. Os 33 ocupantes do voo morreram.
A investigação da polícia determinou que as causas do acidente incluíram fatores como falhas na coordenação entre os pilotos, ausência de procedimentos de briefing (reunião informativa realizada antes de cada voo com a tripulação) e má gestão da aproximação, já que a aeronave estava em condições de voo normais, sob o controle do piloto, e colidiu com a floresta sem que a tripulação percebesse o perigo a tempo.
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Queda do Manaus Aerotáxi em Barcelos (Amazonas, 2023)
No dia 16 de setembro de 2023, um avião de pequeno porte da empresa Manaus Aerotáxi caiu em Barcelos, no interior do Amazonas, matando todos os ocupantes. A aeronave, Embraer EMB-110 Bandeirante, transportava 12 turistas brasileiros e dois tripulantes que seguiam para uma pesca esportiva no Rio Negro.

De acordo com as investigações, chovia bastante na região no momento do acidente e o avião teria chegado a tocar a pista, mas não conseguiu frear a tempo e saiu da área de pouso. As possíveis causas do acidente incluem o mau tempo e falha na decisão de pouso.
Acidente da Manaus Aerotáxi no Rio Manacapuru (Amazonas, 2009)
No dia 7 de fevereiro de 2009, um avião EMB-110P1 Bandeirante, também operado pela Manaus Aerotáxi, caiu nas águas do Rio Manacapuru. No total, 24 pessoas morreram. A aeronave havia saído de Coari e se dirigia a Manaus, com 28 ocupantes sendo 18 da mesma família que seguiam para uma festa de aniversário.

A aeronave estava certificada para transportar somente 19 pessoas, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e levava 28, incluindo os dois tripulantes, e somente quatro pessoas sobreviveram.
Durante o trajeto, sob forte chuva, o piloto comunicou que retornaria a Coari e pouco depois, o avião desapareceu dos radares e caiu a cerca de 500 metros da cabeceira da pista.
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Queda do avião Constellation da Panair (Amazonas, 1962)
No dia 14 de dezembro de 1962, um avião Lockheed Constellation da extinta Panair do Brasil, caiu a cerca de 40 km de Manaus, nas proximidades de Rio Preto da Eva. A aeronave vinha do Rio de Janeiro, com escala em Belém, e deveria pousar no aeroporto de Ponta Pelada, mas desapareceu minutos antes do pouso.

Após 10 dias de intensas buscas, os destroços foram localizados em uma clareira no meio da selva e todos as 50 pessoas, 44 passageiros e seis tripulantes, morreram no impacto. Atualmente, o local onde o acidente aconteceu é conhecido como Clareira do Avião, onde o Exército do CIGS realiza homenagens anuais às vítimas e aos esforços de resgate.
Queda do Fairchild Hiller da empresa TABA em Tabatinga (Amazonas, 1982)
No dia 12 de junho de 1982, um avião Fairchild Hiller FH-227 da empresa TABA caiu no estacionamento do aeroporto de Tabatinga, no interior do Amazonas. O avião havia saído do município de Eirunepé e se dirigia a Manaus, realizando escalas em Tabatinga, Coari e Tefé.

A aeronave tentou pousar em meio a um nevoeiro denso, no entanto o radiofarol da pista estava fora de operação e por isso a tripulação tentou usar referências visuais como o rio. O avião então colidiu com a torre do próprio radiofarol e explodiu ao atingir o solo, matando todos os 44 ocupantes do voo.
Acidente do voo 1907 da Gol (Mato Grosso, 2006)
Esse acidente é fora do Amazonas, mas envolveu a capital do Estado. Isso porque o avião da Gol saiu de Manaus com destino ao Rio de Janeiro. Ele levava 154 pessoas, todas mortas após a colisão que aconteceu dia 29 de setembro de 2006.
O Boeing 737-800 da Gol colidiu em pleno voo com um jato executivo Legacy, sobre a Floresta Amazônica, na região de Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso. O jato Legacy, com sete pessoas a bordo, conseguiu pousar emergencialmente em uma base aérea.
A investigação da polícia apontou falhas na comunicação com o controle aéreo e erro humano, além da desconexão do transponder do Legacy, como causas do desastre. O acidente é considerado o segundo pior desastre da história do Brasil.

