Quatro especialistas abordaram rodovias, hidrovias, portos e aeroportos em evento online.
Quais as soluções que a infraestrutura na Amazônia precisa? Foi com este questionamento que a plataforma ‘Amazônia Que Eu Quero‘, uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica (FRAM), realizou nesta terça-feira (30), seu primeiro fórum com a participação de quatro especialistas de entidades nacionais do setor e profissionais da área.
Com apresentação da jornalista Débora Holanda, o fórum exibiu reportagens e questionamentos da população sobre BR 319, gestão portuária e logística nos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Pará, reforçando o papel social do Grupo Rede Amazônica em desenvolver e integrar a Amazônica através da comunicação, e de fomentar a discussão sobre as necessidades e melhorias para a sociedade civil.
A partir dos assuntos levantados nas reportagens, os especialistas Carlos Durigan, diretor da WCS Brasil e representante do Observatório BR-319; Ricardo Falcão, presidente do Conselho Nacional de Praticagem (PRONAPA); Daniel Pereira, Superintendente do SEBRAE Rondônia; e Rubelmar Maia, representante do Conselho Nacional de Engenharia e Agronomia, discutiram soluções na área de infraestrutura para a região amazônica.
O evento contou também com a participação por vídeo de Marcelo Costa, Secretário Nacional de Transportes Terrestres, representando o Ministério da Infraestrutura, que apontou em sua fala as medidas do Governo Federal para o tema na região.
Débora Holanda, coordenadora de conteúdo da Plataforma Amazônia Que Eu Quero e apresentadora do Fórum, fala sobre a importância dessa discussão para a dignidade da sociedade civil: “É muito gratificante para Fundação Rede Amazônica, através da realização deste primeiro fórum da Amazônia Que Eu Quero, trazer esta temática, pois sabemos que infraestrutura e logística são pautas urgentes para a qualidade de vida e dignidade dos amazônidas”.
Marcelo Costa, secretário nacional de transportes terrestres e representante do Ministério de Infraestrutura comentou sobre as estratégias que o Governo Federal tem para a melhoria do setor na região.
“O governo federal tem planejamentos estratégicos para a região Amazônica, tais como: finalizar obras grandes que estavam atrasadas, além de priorizar grandes eixos logísticos, exemplo disso foi a conclusão da BR-163 no Pará, que foi pavimentada em 2020 e trouxe benefícios logísticos àquela área do país, mas é preciso pensar além, é importante pensarmos em viabilizar ferrovias e hidrovias para dar mais opções de transportes de cargas no Norte do país, aliado a isso é necessário pavimentar a BR-319 com urgência para o escoamento e desenvolvimento da região como um todo”, disse o secretário.
Carlos Durigan, do Observatório da BR-319, explica sobre a preocupação com os impactos ambientais que as obras de pavimentação na BR-319 podem ocasionar na região do “trecho do meio”:
“A questão logística na Amazônia é muito importante, então precisamos criar um sistema que trabalha com a logística multimodal para que os impactos ambientais sejam os menores possíveis, ao pavimentar a BR-319 temos que levar em consideração os riscos que podem acontecer ao abrir uma estrada sem controle, por isso precisamos trabalhar com base nos estudos e monitoramentos que estamos fazendo nessa área, para que a estrada seja pavimentada sem causar degradações ao meio ambiente”.
A diretora de Relações Institucionais da Fundação Rede Amazônica, Mariane Cavalcante, adiantou os próximos passos: “Este é o primeiro dos cinco fóruns que serão realizados ao longo de 2022. E ao longo do ano, os próximos abordarão energia limpa, empreendedorismo e inovação e florestas. A pluralidade de opiniões é o ativo mais importante da plataforma e sem dúvida o nosso maior desafio será compilar esse debate riquíssimo em 10 propostas efetivas, mas temos um time de especialistas que tem como compromisso propor o melhor para região”.
Os assuntos levantados durante o este fórum serão encaminhados ao Comitê da Câmara de Infraestrutura da plataforma Amazônia Que Eu Quero, constituído por cinco especialistas da região, que terá a missão de selecionar dez propostas efetivas sobre o tema. Estas soluções serão expostas nas multiplataformas do Grupo Rede Amazônica e se juntarão às propostas das outras câmaras temáticas do projeto em uma revista disponível de forma on-line para a população
Você pode conferir o programa na íntegra no canal no YouTube da Fundação Rede Amazônica:
Sobre a Fundação Rede Amazônica
A Fundação Rede Amazônica, braço institucional do Grupo Rede Amazônica, atua há 36 anos com os objetivos de capacitar pessoas, articular parcerias, desenvolver projetos e programas, contribuindo com a proteção e desenvolvimento da Amazônia.
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