Tesouro amazônico: Floresta de Proteção no Peru celebra 37 anos de preservação

A área natural da Floresta de Proteção San Matías-San Carlos, criada em 1987, está localizada na província de Oxapampa, na região de Pasco.

No coração amazônico da região de Pasco, no Peru, na encosta oriental dos Andes que abriga mistérios únicos da natureza, ergue-se a Floresta de Proteção San Matías-San Carlos, uma região que celebra 37 anos cuidando e preservando parte da Amazônia e seus tesouros naturais.

Desde a sua criação, em 20 de março de 1987, este santuário de 145.818 hectares tem sido muito mais do que uma área natural protegida. Tem sido um lembrete de que, em harmonia com a natureza, reside a verdadeira riqueza. 

Situado nos limites dos distritos de Palcazú, Puerto Bermúdez e Villa Rica, na província de Oxapampa, este santuário abrange altitudes que oscilam entre 300 e 2.250 metros acima do nível do mar, abrigando a bacia superior dos rios Pichis e Palcazu, que passam pelas selvas da região.

Foto: Reprodução/Agência Andina

Mas, além da vegetação e fauna, San Matías-San Carlos é um local que estimula a convivência harmoniosa entre o ser humano e a natureza, pois é também um santuário cultural, onde as comunidades indígenas Ashaninka e Yanesha vivem.

Entrar neste santuário é embarcar numa viagem rumo ao primordial, rumo àqueles tempos onde a natureza reinava indomável e a humanidade contemplava a sua grandeza.

Santuário da biodiversidade 

A floresta abriga uma grande variedade de vida selvagem, como lobo do rio, o urso de óculos, o otorongo (onça-pintada), o veado, macacos e até o galo-da-rocha, ave nacional do Peru.

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A vegetação é um espetáculo à parte. Espécies como o mogno, o torno, a nogueira e o cedro são representantes do reino verde que compõe o local, bem como a ‘unha de gato’, que oferece propriedades medicinais às comunidades locais. 

Foto: Reprodução/Agência Andina

Clima diverso

O clima da Floresta San Matías-San Carlos é tão diverso quanto sua flora e fauna. Com temperaturas que variam entre 5°C e 32°C , e precipitações que atingem o pico entre novembro e abril, esta floresta é um legado de vitalidade e resiliência dos ecossistemas tropicais.

Atividades comemorativas

No âmbito do 37º aniversário, o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp), que tem a função de conservar a floresta, realiza diversas ações que contribuem para a conservação do meio ambiente, como o reflorestamento de áreas degradadas áreas em comunidades nativas do distrito de Villa Rica e Puerto Bermúdez, para as quais foram doadas um total de 700 mudas da espécie Cedrelinga cateniformis, “Tornillo”, com a participação de instituições públicas e privadas.

A chefe desta área natural protegida, Deyanira Mishari, especificou que as mudas serão plantadas no setor Azuliz da Comunidade Indígena San Pedro de Pichanaz, comunidade indígena Puellas Yunculmas e no setor Tres Flores da Comunidade Indígena Santa Rosa de Chivis. Outras atividades, como capacitações e palestras fazem parte da programação durante toda a semana. 

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