A língua dos Incas dança ao ritmo do pop coreano. Esta é a proposta de Lenin, um artista peruano que cultiva um estilo em que funde coreografias cuidadosas com notas eletrônicas, bases musicais das montanhas de seu país e letras em quíchua, língua dos Incas, que se espalhou do norte da Argentina ao sul da Colômbia, cobrindo os territórios do Equador, Peru e Bolívia. É assim que foi criado o “Q-pop“.
“Fiz uma proposta musical que agregasse minhas influências de criança e jovem, a música que ouvia; a andina (do Peru) por parte de mãe, e os novos gêneros musicais que descobri no ensino médio como o K-pop, música de anime e pop americano”, diz Lenin Tamayo.
A estética, a música e as danças do artista unem os ritmos do interior do Peru com danças e trajes típicos de festas ancestrais, mas a coreografia, a encenação e os ritmos são claramente de influência coreana.
É uma ideia partilhada por uma nova tendência de artistas que fundem o trap e o hip-hop com o quéchua e sons tradicionais do interior do país.
Assim, o artista passou a unir elementos da cultura peruana, país que compõe a Amazônia Internacional, com a influência do pop coreano.
*Com informações da Agência Andina