Se estendendo por mais de um milhão de hectares, o parque é a maior área protegida do Equador.
O Parque Nacional do Yasuní, localizado no leste da região amazônica, no Equador, é considerado pela UNESCO uma das regiões que abrigam a maior biodiversidade do mundo. Além de ser um importante patrimônio cultural, por abrigar diferentes nacionalidades indígenas, dentre as quais estão: os Waorani, os Kichwa, os Shuar e os grupos étnicos Tagaeri e Taromenane – os últimos grupos étnicos isolados do país.
Se estendendo por mais de um milhão de hectares, o parque é a maior área protegida do Equador, rica em vegetação tropical oriunda do bioma amazônico. A ambiência do local pode ser considerada como um verdadeiro paraíso para os pesquisadores, com a presença de onças, ariranhas, pumas e até de sapos venenosos, além, é claro, de uma riqueza de árvores vascularizadas, com um número maior de espécies do que na América do Norte em sua totalidade.
Cientistas presumem que a reserva pertence a uma área que ‘escapou’ do congelamento durante a última era glacial, que acabou há cerca de 10 mil anos, sendo este o principal motivo da rica biodiversidade da região, que teria se aglomerado no local fugindo dos intempéries climáticos da época. Outra razão seria o clima da floresta, já que florestas úmidas tendem a abrigar mais espécies animais do que as de clima mais seco.
A riqueza dessa região vem sendo ameaçada por uma reserva petrolífera, das maiores do país, que começou a ser explorada em 2016, após o fim de uma iniciativa proposta pelo ex-presidente Rafael Correia ao mundo. Nessa proposta, feita em 2007 na assembleia-geral da ONU, o então presidente requisitou um fundo de 3,6 bilhões de dólares para deixar a região intocada.
A exploração causou revolta em grupos da sociedade que optam pela preservação do ecossistema e levanta, até hoje, embates políticos quanto ao destino da região.
Instituições de preservação ambiental defendem que a floresta ‘intocada’ pode representar uma riqueza econômica até maior do que a adquirida pela exploração das jazidas de petróleo, levando em consideração a riqueza da biodiversidade e o seu potencial turístico.
O parque é normalmente acessado pela cidade de Coca, que concentra um dos mais importantes centros comerciais da Amazônia equatoriana.