A “Ranitomeya hwata” vive exclusivamente em florestas de bambu nativo do gênero “Guadua”. Foto: Divulgação/Sernanp
Uma nova espécie de sapo venenoso do gênero Ranitomeya foi descoberta no Parque Nacional Alto Purús, que ocupa as regiões de Madre de Dios e Ucayali, no Peru, após anos de pesquisa na bacia do Rio Purús, na Amazônia brasileira e peruana, informou o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp) no início de outubro.
📲 Confira o canal do Portal Amazônia no WhatsApp
A descoberta, feita por uma equipe internacional de cientistas e publicada na revista científica Zootaxa, destaca a riqueza biológica das áreas naturais protegidas e o papel fundamental que desempenham na conservação de espécies ainda desconhecidas pela ciência.
A nova espécie de sapo, chamada Ranitomeya hwata, mede cerca de 15 milímetros de comprimento e é uma das menores espécies do gênero Ranitomeya, conhecida por suas cores brilhantes e comportamento reprodutivo único, de acordo com a agência especializada do Ministério do Meio Ambiente.
Ele também tem listras dorsais amarelas brilhantes, um padrão ventral finamente manchado e uma faixa preta separando a região gular da barriga.
Leia também: Nova espécie de marsupial é descoberta em Parque Nacional na Amazônia peruana
Nova espécie de sapo foi encontrada em florestas nativas de bambu
A espécie Ranitomeya hwata vive exclusivamente em florestas de bambu nativo do gênero Guadua, onde utiliza as câmaras naturais das plantas para se reproduzir. Ao contrário de seus parentes próximos, os machos desta espécie exibem comportamento polígamo, recrutando várias fêmeas por local de reprodução.

A pesquisa foi conduzida por Evan Twomey (Goethe University Frankfurt, Alemanha), Paulo R. Melo-Sampaio (Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil), Jason L. Brown (Southern Illinois University, Estados Unidos), Santiago Castroviejo-Fisher (Universidade de Sevilha, Espanha), Giussepe Gagliardi-Urrutia (Instituto Peruano de Pesquisa da Amazônia).
Também por José M. Padial (Universidade de Granada e Museu Americano de História Natural), Juan C. Chaparro (Museu da Biodiversidade do Peru) e Roberto Gutiérrez Poblete (pesquisador do Museu de História Natural da Universidade Nacional de San Agustín de Arequipa e especialista em Sernanp).
Segundo o Sernanp, a descoberta da nova espécie de sapo destaca o valor das áreas naturais protegidas como refúgios para a biodiversidade e espécies únicas e também amplia o conhecimento sobre a diversidade de anfíbios amazônicos, reforçando a necessidade de continuar conservando habitats como o Parque Nacional Alto Purús.
*Com informações da Agência Andina
