Nova espécie de sapo semiarbóreo é descoberta na Amazônia peruana

Esta é a primeira espécie do grupo Scinax eurydice registrada no país. A descoberta do sapo foi feita em cinco locais da bacia de Huallaga, no departamento de San Martín.

A descoberta da nova espécie de sapo foi feita em cinco locais no departamento de San Martín. Foto: Giuseppe Gagliardi Urrutia

Uma nova espécie de sapo semiarbóreo, Scinax garciadavilae, foi descoberta na Amazônia peruana por pesquisadores do Instituto Peruano de Pesquisas da Amazônia (IIAP), do Museu Argentino de Ciências Naturais, da Universidade Estadual Paulista (Brasil) e da Universidade de Sevilha (Espanha).

Esta é a primeira espécie do grupo Scinax eurydice registrada no país. A descoberta foi feita em cinco locais da bacia de Huallaga, no departamento de San Martín. O sapo foi observado tanto em florestas perenes quanto em áreas perto de lagoas e estradas, indicando certa tolerância a ambientes movimentados e fornecendo dados relevantes para a conservação de anfíbios na região.

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Nome do sapo é em homenagem à cientista peruana Carmen García Dávila. Foto: Giuseppe Gagliardi Urrutia

Segundo os pesquisadores, a espécie, que mede entre 3,8 e 4,5 centímetros, distingue-se pelo corpo marrom com manchas escuras, flancos amarelos com pontos pretos, olhos prateados e pele com pequenos tubérculos. 

A análise genética revelou uma divergência de mais de 12% em relação às demais espécies do grupo, confirmando sua classificação como uma nova espécie. A descoberta amplia a distribuição geográfica do grupo Eurídice, que até agora estava restrita à Bolívia e ao Brasil.

Leia também: Pesquisadores descobrem sapo com cor de chocolate e ‘nariz de anta’ na Amazônia

O nome Scinax garciadavilae foi escolhido em homenagem à cientista peruana Carmen García Dávila, que há décadas dedica sua vida, com entusiasmo e paixão, à pesquisa e conservação da biodiversidade amazônica.

Ela também tem sido uma promotora do empoderamento feminino na ciência no Peru, especialmente promovendo o desenvolvimento de pesquisadoras na região amazônica.

Esta constatação reforça a necessidade de continuar o inventário das espécies na Amazônia, especialmente em áreas pouco exploradas, dadas as ameaças que esses ecossistemas enfrentam. Documentar a biodiversidade é essencial para o desenvolvimento de estratégias de conservação mais eficazes.

*Com informações da Agência Andina

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