Conheça os esportes mais populares nos países da Amazônia Internacional

Além do esporte mais popular do mundo, o futebol, os países que compõem a Amazônia também possuem seus favoritos como críquete, ecuavóley e até mesmo o beisebol.

Estima-se que existam mais de 60 variedades de esportes distribuídos pelo mundo e o termo possui diferentes categorias como ‘esporte de invasão’, ‘esportes de rede’, ‘esportes de marca’, entre outros.

Veja também:  Conheça 5 esportes para praticar na Amazônia

Na região amazônica brasileira, existem modalidades únicas que podem ser realizadas, como hidrobike, surf na pororoca, arvorismo ou o SUP (stand up paddle). 

Mas você sabe quais são os esportes mais praticados nos outros países da Amazônia Internacional? 

Brasil – Futebol

O Brasil tem como o esporte queridinho do país o futebol. Os registros mais antigos do esporte datam de 1875, na cidade de Curitiba. Entretanto, foi apenas em 1985, após ser apresentado pela burguesia paulistana por Charles Miller, que depois de uma viagem à Inglaterra trouxe duas bolas de futebol da época e apresentou a comunidade de expatriados britânicos da cidade de São Paulo de jogadores de críquete para futebolistas, criou-se um clube de futebol no Brasil.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Bolívia – Futebol

O futebol foi introduzido na Bolívia no final do século XIX pelos técnicos ingleses da empresa  de uma ferroviária boliviana. A ferrovia uniu, em 1882, o porto de Antofagasta com a cidade de Oruro, que acabaram levando o teatro, as touradas, o cinema e o futebol. 

Segundo conta a história, um empreendedor ousado de Oruro, que morou no Chile por um tempo, voltou para a Bolívia carregando em sua bagagem uma bola e uma ideia que consistia em espalhar o futebol pelos Andes. O grupo de técnicos ingleses da Ferrovia boliviana ficou encarregado de distribuir os uniformes e serem os pioneiros do futebol no pais jogando a primeira partida.

O primeiro clube boliviano foi o Oruro Royal Foot Ball Club, cujo nome evidencia a influência permanente da língua inglesa nos nomes dos muitos clubes bolivianos, fundado em 26 de maio de 1896 pelos trabalhadores bolivianos da Companhia Ferroviária Boliviana. 

Em 1897, o Stormers Petrolero Club foi fundado em Potosi. Em 1901, o Bolivian Rangers foi fundado em La Paz. Por volta de 1905 em Cochabamba, o National Football Club foi fundado e em La Paz, o Thunders. Dois anos depois, em 8 de abril de 1908, o The Strongest é fundado. 

Foto: Conmebol

Colômbia – Tejo

A Colômbia participou dos Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1932, e quatro anos depois, o Comitê Olímpico Nacional da Colômbia foi criado, entretanto, foi apenas no ano de 1948 que o Comitê Olímpico Internacional reconheceu, de fato, o órgão.

No país, os esportes mais jogados são futebol, ciclismo, beisebol, halterofilismo, além do esporte considerado nacional da Colômbia, o Tejo.

Originário dos povos indígenas, o Tejo ou turmequé é um esporte que consiste em lançar um disco metálico através de uma pista de 18 a 20 metros, com o objetivo de cravá-lo no centro de um disco colocado em uma superfície de argila localizada na outra extremidade da pista.

O esporte era utilizado como uma disputa pacífica entre guerreiros de diferentes tribos, e algumas vezes, pelo direito de casar-se com uma mulher do grupo rival. Acredita-se que os indígenas utilizavam um disco de ouro de 700 gramas, mas com a chegada dos espanhóis, os discos foram substituídos por outro metal, mantendo apenas o peso.

O jogo é de explodir…literalmente. Influenciado pelos espanhóis, foram adicionados elementos explosivos à argila, ou seja, no Tejo moderno, a superfície de argila está repleta de pavios de pólvora presos ao alvo e ganha mais pontos quem explode o maior número deles com o impacto do disco. 

Quem consegue cravar o disco dentro do círculo e explodir um ou mais pavios soma nove pontos para a equipe. Fica com seis pontos quem acertar o alvo, mas não causa nenhuma explosão, e três se você estoura um pavio, mas acerta o disco fora do círculo. 

Caso nenhuma das equipes acerte, leva um ponto quem chegou mais perto do objetivo naquela rodada. Uma disputa de Tejo pode ter um mínimo de um jogador para cada lado a até times compostos de seis pessoas. É comum que o time perdedor pague as cervejas consumidas na partida.

Equador – Ecuavóley

O Comitê Olímpico Equatoriano foi criado em 1948 e reconhecido somente em 1959 pelo internacional. Entre os esportes mais praticados no país, estão o futebol, beisebol, basquetebol, voleibol, tênis e atletismo.

Entretanto, um esporte derivado do voleibol é muito popular no Equador, chamado de Ecuavóley. Não se sabe ao certo quando essa forma de jogar voleibol surgiu, entretanto, os primeiros torneios começaram a partir de 1943. Além do Equador, o esporte também esteve presente em países como Colômbia, Estados Unidos e Espanha.

As regras consistem basicamente em duas equipes com três jogadores: o levantador, o sacador e o volante.

A dimensão do campo deve ter 9 metros de largura e 18 metros de comprimento, além de ser jogado com uma bola de futebol, mikasa ft-15, além da rede que deve ter 2,85 metros de altura e 60 centímetros de largura.

Isso mesmo, a altura da rede é maior do que a de uma partida de um vôlei tradicional. O jogo acontece como uma partida de vôlei normalmente, fazendo ponto quando a bola toca o chão no lado da quadra adversária.

O saque pode ser feito de qualquer lugar, desde que ambos os pés do sacador estejam na linha do sacador. Os jogos são compostos por dois sets de 15 pontos cada. É permitido manter a bola nas mãos por no máximo um segundo. 

Foto: Repordução/Wikimedia

Guiana – Críquete

O vizinho de fronteira que se conecta com o norte do Brasil, o esporte que mais se pratica na Guiana é o críquete, que inclusive, já recebeu até mesmo jogos da Copa do Mundo de Críquete, em 2007, no Providence Stadium, arena para 15 mil pessoas, construída a tempo para o evento.

A Guiana não tem um time próprio, pois faz parte da seleção das Índias Ocidentais, equipe de muito sucesso na modalidade, possuindo dois títulos da Copa do mundo na modalidade masculinas, no formato ODI (jogo de um dia) e outros dois troféus de campeã no modelo T20, com partidas que duram entre três e quatro horas.

O cricket ou críquete tem origem encontrada em relatos do século XII na Inglaterra. Existe evidência escrita para um esporte conhecido como o creag, que foi praticado pelo príncipe Eduardo, filho de Eduardo I, na Inglaterra por volta do ano 1300.

Similar ao jogo de rua “taco ou betes”, o princípio do jogo é o mesmo: o arremessador tem que derrubar a “casinha” ou wicket, e o rebatedor tem que bater a bola e correr até o outro wicket para marcar pontos, ou runs.

O time é formado por 11 jogadores: dois rebatedores, os batsmen, e onze fielders no campo tentando impedir que a equipe da vez (a que rebate) complete as runs, e tentando eliminar os rebatedores. Além de derrubar a casinha, o rebatedor pode ser eliminado se a bola for pega no ar ou se a wicket for “quebrada” antes de os rebatedores chegarem a ela ao tentar marcar suas runs. 

A equipe da vez tem que marcar o maior número de runs possível, enquanto o outro time tenta eliminar dez rebatedores. Uma vez que todos esses rebatedores são eliminados, os times trocam de posição, passando a rebater o que estava arremessando e a arremessar o que estava rebatendo. O vencedor é o time com o maior número de runs.

A bola usada é uma bola dura feita de cortiça e couro, um pouco maior que uma bola de tênis. Duas casinhas ficam a 20 metros uma da outra e o campo inteiro mede praticamente o mesmo que dois campos de futebol. Quando o rebatedor consegue bater a bola para fora dos limites do campo, ele marca quatro runs. Se a bola, não bater no chão, ele marca seis runs. 

Cada arremessador atira a bola seis vezes, um over, e aí outro arremessador atira da outra casinha. No Brasil, fazemos jogos de 25 a 40 overs para cada equipe, e estes jogos chegam a durar até seis horas. Os jogos internacionais, os test matches, duram seis dias, sendo seis horas por dia. 

Foto: Reprodução/Wikimedia

Guiana Francesa – Futebol

Assim como o Brasil, o esporte mais praticado na Guiana Francesa é o futebol, tendo inclusive o Campeonato Nacional da Guiana Francesa, a principal competição de futebol do país, organizado pela Ligue de Football de La Guyane Française e sua primeira edição ocorreu no ano de 1962.

Atualmente, a divisão principal (Division d’Honneur) é disputada por 12 equipes, sendo as duas últimas rebaixadas para a Segunda Divisão (Promotion d’Honneur). O campeão garante vaga no Caribbean Club Shield.

Diferente de outros países da América Latina, a Guiana Francesa não compete na Copa América, organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol. Juntamente com o Suriname, o país está fora da competição por dois motivos: eles não fazem parte da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e nunca foram selecionados para participar do torneio como seleções convidadas. 

Foto: Matthew Ashton – AMA/Getty Images

 Peru

No Peru, o futebol também é o esporte mais praticado e mais popular, introduzido por imigrantes britânicos. O primeiro registro de uma partida de futebol no Peru é o domingo do dia 7 de agosto de 1892, quando ingleses e peruanos jogaram representando tanto o Callao como a Lima. O clube Lima Cricket and Lawn Tennis organizou encontros futebolísticos no campo Santa Sofía de sua propriedade.

Durante os seus tempos livres, os marinheiros jogavam futebol e convidaram a população a participar. O futebol cresceu graças a essa prática, que se desenvolveu entre os visitantes estrangeiros e os locais, chamando a atenção de peruanos que vivem em outras cidades. 

Outros esportes também tem destaque no país, como voleibol, surf, taekwondo, tênis e até mesmo o críquete.

Foto: Reprodução/Conmebol

Venezuela – Beisebol

Diferente de outros países da América do Sul, o esporte mais popular da Venezuela é o beisebol, que chegou ao país na década de 1920 por imigrantes dos Estados Unidos e rapidamente se tornou uma atividade que agradava crianças e adultos. A sua popularidade é tão grande, que uma liga profissional de beisebol é disputada no país. As principais ligas americanas também são seguidas no país.

O beisebol é um esporte coletivo praticado com uma bola e um taco, onde acreditam ser de origem inglesa. Outra teoria aponta que ele foi criado por Abner Doubleday em Nova York no ano de 1839.

Praticado em um campo que pode ser ao livre, ou numa quadra fechada, é um jogo é composto de nove partidas sem um tempo definido, onde duas equipes são compostas por nove jogadores cada. De maneira alternada, as equipes atacam e defendem.

A forma de jogar consiste em arremessar a bola de beisebol por um jogador (arremessador), enquanto o batedor de outro time está posicionado para acertar a bola com o bastão. Atrás dele, está um apanhador que pertence ao time do arremessador.

Se a bola for acertada pelo batedor, ele deve correr pelas quatro bases do campo. Se ele conseguir atingir as quatro, a equipe ganha um ponto.

No beisebol, os pontos são marcados de acordo com a trajetória percorrida pelos jogadores. Com isso, vence a equipe que tiver mais corridas durante a partida.

Se o batedor lançar a bola fora do estádio, a equipe recebe um ponto. Esse movimento é chamado de home run.

Foto: Reprodução/Pixabay

Suriname – Futebol

Para fechar a lista, o Suriname também é um dos países que tem como esporte favorito o futebol. Formada em 1929, embora seja um país da América do Sul, o Suriname é membro da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe. A seleção não disputou uma Copa do Mundo, tendo participado de duas edições da Copa Ouro da CONCACAF, em 1977 e 1985. Seu único título é o da CFU Championship de 1977, quando a equipe conquistou o título com 100% de aproveitamento.

Foto: Reprodução / Ultima divisão

E aí? Conhece mais alguns esporte que seja de destaque nos países amazônicos?

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade