Os Xerente também pertencem ao grupo linguístico Macro-Jê e sobrevivem da roça de toco, onde plantam milho, arroz e mandioca
O povo que se denomina Akwê, gente importante, indivíduo, vive na margem direita do rio Tocantins, perto da cidade de Tocantínia, na Terra Indígena Xerente, em um total de 183.542 hectares de área demarcada. Os Xerente também pertencem ao grupo linguístico Macro-Jê e sobrevivem da roça de toco, onde plantam milho, arroz e mandioca.
Os cerca de 3.152 indígenas Xerente são sobreviventes de várias guerras entre povos e massacres promovidos por fazendeiros. Estão distribuídos em mais 80 aldeias. O artesanato é produzido principalmente com a palha de babaçu, seda de buriti, sementes dos quais surgem cestas, balaios, redes, bolsas, esteiras, adereços e de adornos e enfeites. As peças artesanais são comercializadas nas cidades próximas à reserva e acredita-se que a arte de trançar o capim dourado tenha sido repassada pelos Xerente aos moradores das comunidades negras do Jalapão, há cerca de um século.
Entre suas tradições mais preservadas estão o Wakê (Festa de dar nomes), o Kuprê (Homenagem aos mortos), o Padi (Festa do Tamanduá Bandeira) e a corrida de toras de buriti.