Usina de Cremação

 Em 1901, foi construída a Usina de Cremação de Lixo de Belém, onde eram queimadas cerca de 80 toneladas de lixo por dia.

Foto: Reprodução/Twitter-Heber Gueiros

Durante a exploração da borracha acarretou em inúmeros acontecimentos que destacaram a Amazônia. Um deles foi a glamourização e a pretensão de tornar Estados como o Pará em uma Europa dentro do Brasil. Esse período ficou conhecido como ‘Belém da Belle Époque‘, quando a cidade se tornou point de quiosques, bondes e cafés que reuniam diversos intelectuais europeus em praças, monumentos e palacetes. No entanto, desde a chegada da família real portuguesa ao Brasil e esse aumento de circulação de pessoas nas cidades, problemáticas como o saneamento foram colocadas em pauta.

Uma importante autoridade local era Antônio Lemos, o intendente municipal do Pará. Com o crescimento da cidade e a preocupação com a saúde da população, Lemos estava incomodado com a quantidade de lixo produzida que vivia jogada pela cidade. Em 1897, idealizou medidas como rede de esgoto, aperfeiçoamento no calçamento e arborização das ruas. Essa iniciativa levou à melhoria da qualidade da água que era distribuída à população.

Para evitar possíveis surtos epidemiológicos, o intendente deu início ao projeto de um forno crematório, que com o tempo passou a ser considerado o mais moderno em toda América Latina. Belém também possuía uma área para a queimação do lixo, porém esse espaço era próximo de onde a cidade estava se desenvolvendo.

Preocupado em atrair o interesse de novos investidores a cidade, Lemos decidiu que todo o lixo acumulado deveria ser levado a uma área distante. Assim, em 1901, foi construída a Usina de Cremação de Lixo de Belém, onde eram queimadas cerca de 80 toneladas de lixo por dia. A usina ficava na Avenida 22 de Junho, que na época era uma região aberta e desabitada. Hoje em dia é conhecida como Rua Alcindo Cacela. Foi com a chegada dessa usina que surgiu o bairro que ficou conhecido como Cremação. 

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