Surucucu

Da família de jararacas e cascavéis, espécie causa envenenamento grave

Lachesis muta, vulgarmente conhecida como surucucu, surucutinga, surucucutinga, surucucu cauda de veneno, surucucu-pico-de-jaca e cobra-topete, é a maior serpente peçonhenta da América Latina. No Brasil, ocorre predominantemente na Amazônia  e na  Mata Atlântica, onde encontra o habitat ideal para sua sobrevivência: áreas florestais com solo úmido.

Reprodução: Internet

Duas características são exclusivas da espécie: as escamas pontiagudas que se parecem com cascas de jaca, por isso o nome “pico-de-jaca”, bem como a escama alongada de sua calda. A coloração de seu corpo varia entre o castanho-claro e o escuro, sempre com manchas pretas em forma de losangos. Esses atributos são mais evidentes nos indivíduos adultos. O ventre é branco ou creme, com manchas castanhas na região da cauda.

Durante o dia, ela repousa em ocos de árvores e dificilmente reage às aproximações, a não ser que seja pisada ou tocada. À noite, quando a surucucu está ativa (caçando), ela pode ser agressiva, dando botes longos e altos quando ameaçada. Assim como as jararacas, dá preferência para animais menores, em especial mamíferos, como roedores e marsupiais. A serpente fica toda enrolada à espera da presa, calculando o momento ideal para atacar.

Na hora de dar o bote, o corpo da cobra é projetado em direção à presa, afim de que seus dentes injetores de veneno penetrem no corpo da vítima. A serpente ainda deixa a presa fugir após a mordida, sabendo que ela não irá muito longe, afinal, o veneno causa paralisia nos membros locomotores e órgãos do atingido.

Espécies do gênero da sururucu possuem um veneno tão potente que as presas deixam um rastro químico pelo chão durante a fuga. Trata-se de um mecanismo das cobras para farejar suas vítimas depois do bote e, então, ingeri-las. Normalmente as serpentes iniciam a ingestão da presa pelo lado da cabeça, uma vez que as patas dos animais podem dificultar o processo e/ou causar lesões.

Seu sistema de reprodução é por meio da postagem de ovos, que eclodem por volta de 80 dias. Uma curiosidade é que a sururucu-pico-de-jaca é a única víbora brasileira ovípara, segundo o Guia de Cobras da Região de Manaus. As fêmeas depositam os ovos em buracos no solo e os mantêm protegidos até a eclosão, envolvendo-os com o próprio corpo.

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