Pupunha

Pupunha é uma palmeira multicaule da família das palmáceas, a mesma da carnaúba, do babaçu e do açaí.

Pupunha (Bactris gasipaes) é uma palmeira multicaule da família das palmáceas, a mesma da carnaúba, do babaçu e do açaí. Atinge vinte metros de altura e, na fase adulta, erguem-se do solo de 10 a 15 caules secundários, os quais formam imponente touceira ao redor do espinhoso caule central e garantem a renovação da planta.

Nem todos esses filhotes chegam a frutificar e os estéreis podem ser aproveitados para a obtenção de palmitos, sucedâneos perfeitos dos palmitos de açaí e juçara, espécies já por demais submetidas à devastação extrativa.

Em condições naturais, a pupunha começa a frutificar em grandes cachos aos cinco anos, tempo que se reduz à metade em condições especiais de cultivo.

As flores masculinas caem após liberar o pólen e as femininas desenvolvem-se em pequenos frutos vermelhos, amarelos ou alaranjados, com cerca de cinco centímetros de diâmetro.

O fruto, muito rico em vitamina A e com expressivo teor de proteínas e amidos, podem ser comidos cozidos em água e sal e se prestam também à extração de óleo e à produção de farinha. Dos resíduos, faz-se ração para animais.

A partir da década de 1970, a pupunha tornou-se alvo de pesquisas para o cultivo intensivo em outras áreas.

Na Bahia, primeiro estado extra-amazônico a cultivar a espécie, a colheita da pupunha vai de novembro a março.

Pesquisas

Nativa da região amazônica, a pupunha é uma palmeira que produz frutos muito apreciados pela população da região. Geralmente eles são consumidos cozidos ou acompanhando nas refeições. Com o cozimento, ganham uma consistência semelhante ao de batata doce e um aroma que lembra o milho verde. Mas, esta espécie que pode alcançar até 15 metros de altura oferece também outro produto que vem ganhando espaço nas mesas brasileiras: o palmito.

Pouca gente sabe, mas o palmito é, na verdade, uma folha que ainda não se desenvolveu por completo. Assim ele fica dentro do caule enrolado em camadas esperando a hora de emergir. No caso da pupunha a grande vantagem está exatamente nessa etapa. Depois de extraído o palmito, a palmeira tem a capacidade de rebrotar, assim como a bananeira. Dessa forma uma mesma planta pode ser explorada por vários anos.

Existem registros que na Costa Rica, um mesmo plantio foi explorado por mais de vinte anos. No caso do açaí, assim que o palmito é retirado à planta morre.

Outra vantagem da pupunha é que, diferente de outras palmeiras usadas para extração de palmito, ela não oxida quando entra em contato com o ar. A substância que costuma escurecer frutos nessa situação existe em quantidade muito pequena na espécie. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Publicidade

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.
Publicidade

Leia também

Publicidade