Após sucessivos massacres e a expansão das frentes extrativistas, os Juma se viram reduzidos a apenas quatro indivíduos
Os Juma pertencem a um conjunto de povos falantes da família linguística Tupi-Guarani denominado Kawahiva. No século XVIII, é provável que os Juma somassem de 12 a 15 mil índios. Após sucessivos massacres e a expansão das frentes extrativistas, se viram reduzidos a poucas dezenas na década de 1960. Em 2021, após a morte do guerreiro Aruká Juma, restavam apenas quatro indivíduos: suas três filhas e uma neta.
Os Juma habitam a região do rio Açuã, próximo à cidade de Lábrea, ao sul do Amazonas. O território do grupo está localizado no município de Canutama, também no Amazonas. Atualmente, encontram-se deslocados de seu território, na aldeia Alto Jamary, junto aos Uru-eu-wau-wau.
O processo demarcatório da Terra Indígena tardou para ser finalizado, em parte, devido a dúvidas referentes à sobrevivência do povo, uma vez que seus remanescentes são aparentados e não podem gerar filhos.