Um município que, tal qual o Estado do Amapá, tem seu nome originado de uma espécie de árvore amazônica, chamada amapazeiro.
O município do Amapá, assim com o Estado de mesmo nome, tem sua origem etimológica mista. A palavra “amapá” tem origem indígena e advém da nação Nuaruaque, que habitava o norte do país, e significa “Lugar de Chuva”. Entretanto, ambas as nomenclaturas – tanto do Estado quanto da cidade – se originaram da planta Hancornia amapa, popularmente conhecida como amapazeiro.
A cidade, que fora capital do Território Federal do Amapá, foi criada pela lei nº 798 de 22 de outubro de 1901. De 1901 a 1903, é denominada de Montenegro. De 1903 a 1938 volta a receber a denominação de Amapá. Em 1938 recebe a denominação de Veiga Cabral. A partir de 1939 volta a ganhar a nomenclatura inicial de Amapá.
Sua história é ligada à conquista de terras, cujos reflexos afetavam o povo da fronteira do extremo norte. Os conflitos acentuaram-se ainda mais a partir de 1894, quando da descoberta de ouro em Calçoene. Este fato motivou ainda mais a presença de europeus e norte-americanos que se instalavam às cabeceiras do rio. Esses estrangeiros, principalmente caienenses passaram a dominar a região, agindo como verdadeiros senhores, perseguindo índios e escravizando mulheres.
A região foi, também, contestada pelos franceses. Como consequência foi assinado o tratado provisional de 04/03/1700. Este tratado declarava neutra aquela área. Em 11 de abril de 1713, foi assinado o Tratado de Utrecht, que estabeleceu como fronteira o rio Oiapoque. Porém, os franceses continuavam invadindo a área, principalmente por causa da descoberta de ouro. Sentiam-se e agiam como proprietários exclusivos da região, proibindo o acesso dos brasileiros à região das minas.
Os brasileiros, em represália, mobilizaram-se para acabar com a audácia do governo francês no contestado, por meio do estabelecimento de uma junta governativa denominada Triunvirato, por ser constituída por três governantes. O conflito, que constantemente envolvia violência por ambos os lados, indo desde trocas de tiros a um verdadeiro massacre promovido pelos franceses contra a população humilde da Vila do Amapá, só foi ter sua resolução em 1 de dezembro de 1900, com a assinatura do Laudo Suíço, que determinava o rio Oiapoque como fronteira entre o Brasil e a França.
Uma boa opção de passeio em Amapá é a Base Aérea, usada pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Atualmente, os restos de materiais e construções fazem com que o local seja uma espécie de museu a céu aberto.
Atualmente, no turismo, o município de Amapá é acesso à Cachoeira Grande – apesar da proximidade, o local pertence ao município de Calçoene. O espaço oferece um banho de águas cristalinas e de paisagem exuberante. No inverno, a água corrente cobre as centenas de pedras, que no verão são vistas e servem de caminho para atravessar a cachoeira.
*Com informações da Prefeitura de Amapá
