Saindo de Manaus, os jovens atendidos se deslocam de barco até Iranduba para as sessões
Por conta da pandemia, as sessões da chamada “bototerapia” foram suspensas e retornaram às atividades no Amazonas. Utilizadas para o tratamento de crianças e adolescentes com deficiência, os jovens atendidos se deslocam de barco até Iranduba para as sessões.
Antes de entrar na água, os jovens fazem movimentos de yoga para relaxar. Um deles é Felipe Carneiro, de 24 anos, que tem síndrome de down. Ele faz “bototerapia” há 2 anos.
A ideia do tratamento é usar a curiosidade do boto na aproximação com as pessoas e, a partir desse momento, promover a interação do animal com o paciente. Uma relação que pode trazer ótimos resultados para quem depende de fisioterapia, por exemplo.
O fisioterapeuta Igor Simões foi quem criou a “bototerapia”. Ele alinhou técnicas profissionais com a interação com os animais.
Em 15 anos de trabalho, já deu suporte a mais de 300 famílias, e explica como o tratamento ajuda os jovens com deficiência.
“O boto vai entrar como co-terapeutas né, que ele vai fazer a ponte entre o terapeuta e a criança. O que que a gente quer? Que o boto apenas se aproxime dela e acompanhe o meu trabalho na água com a criança, então isso vai causar relaxamento pela temperatura da água e isso vai causar produção de neurotransmissor, dopamina, serotonina”, explicou.