Obras do arquiteto Severiano Mário Porto são reconhecidas em premiação internacional

Conhecido como o “Arquiteto da Floresta”, Severiano projetou o campus da Ufam e a sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus, entre outros trabalhos icônicos.

As obras do arquiteto e ex-professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Severiano Mário Porto foram reconhecidas pelo Global Award of Sustainable Architecture, uma das principais premiações da área de arquitetura da Europa, nesta semana.

O prêmio Global Award of Sustainable Architecture existe desde 2006 e seleciona, anualmente, cinco profissionais de arquitetura em todo o mundo. Em 2021, o tema da premiação foi “Arquitetura e Natureza: uma nova sinergia?”.

Além de Severiano Mário Porto, foram contemplados: Teresa Moller, do Chile; Solano Benitez e Gloria Cabral, do Paraguai; José Cubilla, também do Paraguai; e o norte-americano Richard Sennett, sociólogo que discute questões ligadas à arquitetura das cidade

Severiano Mário Porto — Foto: Divulgação/Ufam

O reconhecimento do Global Award of Sustainable Architecture veio após o professor da Faculdade de Tecnologia da Ufam, Marcos Cereto, que também é pesquisador das obras de Severiano Mário Porto, fazer uma indicação ao prêmio em 2019. Porém, por conta da pandemia, não houve premiação em 2020 e o reconhecimento veio neste ano.

Arquiteto da Amazônia

Severiano Mário Porto morreu aos 90 anos, no Rio de Janeiro, vítima de Covid-19, em dezembro de 2020. Conhecido como “Arquiteto da Amazônia” e “Arquiteto da Floresta”, o arquiteto nasceu no interior de Minas Gerais, em Uberlândia, mas morou por cerca de 30 ano em Manaus.

Porto foi responsável por construções icônicas, como o antigo Estádio Vivaldo Lima e o campus da Ufam, além da sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Em suas obras, ele incorporava conceitos da cultura amazônica pensados de forma sustentável. Além disso, ele também se inspirava em construções indígenas e de ribeirinhos, buscando integrar o projeto ao meio ambiente.

Em 2016, o arquiteto recebeu a maior homenagem concedida pela Assembleia Legislativa do Amazonas, a Medalha Rui Araújo. Ele também foi premiado pela Bienal Internacional de Arquitetura de Buenos Aires e recebeu o título de professor emérito da Ufam.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

‘Máquina de nuvens’: emissões da floresta amazônica e descargas elétricas produzem partículas de chuva

Estudo publicado na Nature demonstra mecanismo que faz isopreno – gás liberado pela vegetação – gerar grandes quantidades de aerossóis, responsáveis por formar núcleos de condensação. Processo pode ter influência no clima global.

Leia também

Publicidade