O arqueólogo italiano Filippo Stampanoni assume após vencer por unanimidade na eleição. A informação foi confirmada por meio das redes sociais da instituição.
Quase um mês após a morte do importante físico ítalo-brasileiro fundador e diretor-geral do Museu da Amazônia (Musa), Ennio Candotti, que deixa um legado de décadas de ciência e preservação da Amazônia, o arqueólogo italiano Filippo Stampanoni foi eleito novo diretor-geral do Museu.
Filippo Stampanoni Bassi era diretor-adjunto do Museu e teve seu nome indicado para eleição. O cientista venceu por unanimidade e a eleição foi formada por dois terços do Conselho Administrativo. A informação foi confirmada por meio das redes sociais da instituição.
Confira um breve histórico de Stampanoni:
Doutor em Arqueologia pelo Programa de Pós-Graduação do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP), o novo diretor-geral possui graduação em letras clássicas e arqueologia pela Universidade de Bologna-Alma Mater Studiorum, na Itália.
Sua tese de doutorado foi ‘A maloca Saracá. Uma fronteira cultural no médio Amazonas pré-colonial, vista da perspectiva de uma casa’. Stampanoni também é membro da equipe do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos.
Musa
Fundado em janeiro de 2009, o Museu da Amazônia é um laboratório à céu aberto e uma das maiores referências em pesquisas da Amazônia. O local ocupa uma área equivalente à 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus (AM). O espaço conta com sete trilhas na floresta que proporcionam ao visitante uma experiência sensorial da Amazônia.
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Legado Candotti
Após suspender atividades um dia após a morte de Candotti, o Musa segue reaberto. Candotti atuou ativamente na divulgação científica e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) declarou que o professor era uma figura ímpar, reconhecido por seu conhecimento e contribuições notáveis para o avanço da ciência no Brasil.
“Seu legado será eternamente lembrado como exemplo de dedicação, comprometimento e amor pela ciência. A comunidade científica perde um grande líder, mas suas ideias e realizações continuarão a inspirar futuras gerações de pesquisadores”,
declarou o Inpa à época.