A Pasta disponibilizou R$ 2,2 milhões – de um total de R$ 4 milhões – para a estruturação do Parque Científico e Tecnológico (PCT) do Alto Solimões
Atividades de pesquisa e inovação na Faixa de Fronteira do Amazonas receberam um reforço do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A Pasta disponibilizou R$ 2,2 milhões – de um total de R$ 4 milhões – para a estruturação do Parque Científico e Tecnológico (PCT) do Alto Solimões. O recurso é destinado à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que manterá ações nos municípios de Benjamin Constant e Tabatinga, próximos às fronteiras com Colômbia e Peru.
Segundo a diretora de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Adriana Melo, o investimento federal no PCT do Alto Solimões estimulará o crescimento econômico e social em cidades localizadas na Faixa de Fronteira. O apoio a municípios localizados nessa área é uma das políticas públicas encampadas pelo MDR por meio da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).
Outra novidade que será trazida pelo PCT do Alto Solimões é a integração das pesquisas desenvolvidas nos núcleos de inovação ao Programa Rotas de Integração Nacional, especialmente as da Biodiversidade, da Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) e da Economia Circular.
“O ecossistema de inovação criado por meio da instalação do PCT Alto Solimões deverá contribuir para a criação de novos negócios, voltados principalmente à geração de valor a partir do uso sustentável da biodiversidade da região, com desenvolvimento e comercialização de produtos de alto valor agregado, como biocosméticos, fitoterápicos e alimentos nutracêuticos elaborados com insumos da Amazônia, com alta demanda de mercado no Brasil e no mercado internacional”, informa Adriana. “O alto valor agregado de produtos de base tecnológica justificará os fretes de mercadoria de longa distância, desde a Faixa de Fronteira até os mercados urbanos de alta renda no Brasil e no exterior”, completa.
O Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões será descentralizado. Uma das unidades será sediada no Instituto de Natureza e Cultura da cidade de Benjamim Constant, que pertence à Universidade Federal do Amazonas. As outras duas serão instaladas em Tabatinga, no Instituto Federal do Amazonas e no campus da Universidade Federal do Amazonas.
Para Taciana Carvalho Coutinho, professora do Instituto de Natureza e Cultura de Benjamim Constant, a parceria com o MDR fomentará a fixação de pesquisadores na região de fronteira. “O repasse do MDR fortalece o tripé ensino, pesquisa e extensão e, por conseguinte, a consolidação do PCT representa uma oportunidade aos jovens pesquisadores em tornar viável a execução das pesquisas voltadas à inovação tecnológica. Além disso, vai alavancar o interesse dos pesquisadores, produtores, associações, cooperativas e pequenos setores a fomentar ecossistemas de inovação que possam consolidar uma carteira de projetos amparados pela estruturação técnico-científico dos empreendimentos”, destacou.