Manaus: morre Rubens Gomes, fundador da Oela

Na área ambiental, Rubens também ficou conhecido por ser um dos defensores da floresta amazônica e das populações tradicionais

Faleceu na noite desta quinta-feira (28) o músico e criador da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela), Rubens Gomes, de 60 anos. Há mais de 20 anos, o projeto idealizado por Rubão, como o artista é conhecido, forma alunos no ofício de luthier.

Na área ambiental, Rubens também ficou conhecido por ser um dos defensores da floresta amazônica e das populações tradicionais.

Em sua trajetória, foi presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Líder Avina e Coordenador do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente – FBOMS. Junto às comunidades quilombolas, coordenou a construção dos protocolos comunitários no Arquipélago do Bailique e Beira do Amazonas, no Amapá, com o objetivo de empoderar as comunidades e fortalecer a conservação da biodiversidade, promovendo o uso sustentável dos recursos.

Foto: Divulgação

Projeção internacional

Por conta do projeto social voltado ao ensino da lutheria, a OELA se tornou uma organização conhecida em todo o mundo, pelo trabalho social e também pela luta pela preservação do meio ambiente, conquistando vários prêmios por sua atuação.

Em 2009, em visita a Amazônia, o herdeiro do trono britânico, o príncipe Charles de Gales, esteve em Manaus e conheceu pessoalmente o projeto.

Saúde

Em 16 de novembro de 2018, Rubens Gomes foi submetido a um transplante pulmonar na cidade de Porto Alegre (RS), e passou por um longo processo de recuperação, chegando a ficar um ano e oito meses distante de Manaus, para cumprir o Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

Mesmo com todas as complicações de saúde, Rubens retomou o curso de luteria em 2019, após dois anos de paralisação das atividades. O novo projeto retornou com apoio da Brazil Foundation e patrocínio do Banco da Amazônia (Basa).

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