Personagem admirado pelos manauenses, livreiro morreu no dia 1° de janeiro de 2023 após complicações cardíacas causadas por um infarto.
Reconhecimento
O livreiro era formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com pós-graduação em História e Historiografia da Amazônia pelo Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) – onde também fez mestrado em Sociedade e Cultura, tornando-se referência para os fãs de literatura amazônica, estudantes e até turistas.
Alguns amigos publicaram mensagens de agradecimento e despedida nas redes sociais, como a jornalista Eliane Brum, que chegou a ter dois livros seus lançados na Banca do Largo. “Um pedaço da Amazônia morreu nesta madrugada. Joaquim Melo, o criador da Banca do Largo, a alma da Banca do Largo, a mais completa coleção de livros sobre a Amazônia, partiu. Joaquim, essa pessoa sem tamanho. Joaquim, meu amigo”, lamentou.
A historiadora Giselle Braga, criadora do projeto Manaus de Antigamente, também lamentou a perda. “Impossível não pensar na Banca do Largo, sem pensar no lançamento de livros de autores Amazônicos. Impossível não pensar o Tacacá da Bossa, sem pensar nos cantores Amazônicos. Seu Joaquim era um dos maiores incentivadores da cultura no Centro Histórico”, destacou.
O jornalista Denis Calnan, do Canadá, afirmou que “conhecer Joaquim Melo foi um ponto alto de estar em Manaus. Sua pequena loja no centro da cidade é uma joia”.
Meeting Joaquim Melo was a highlight of being in Manaus. His small store in the centre of the city is a jewel. https://t.co/cbRqxQJIO0
— Denis Calnan (@DenisCalnan) January 1, 2023
“Perdi um irmão, um grande amigo, conselheiro de gosto apurado e fala suave que contia no peito revolta pela injustiça e amor pelo proletariado, de esquerda de ideias de uma Amazônia múltipla e sempre gentil, atencioso e educado. O que tenho de Amazônia devo muito ao Joaca, o primeiro que deu moral pro Rap no Largo, aos livros, aos papos, as indicações e sempre com aquele “te cuida caboco que tu não é qualquer um””, declarou o artista Jander Manauara.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas publicou a nota de pesar na íntegra também nas redes sociais: