Desmatamento ilegal da Amazônia brasileira passa dos 8,5 mil km²

Este é o quarto maior índice da série histórica. O Pará foi estado com mais desmatamento

O desmatamento ilegal na Amazônia destruiu 8.590 km² de agosto de 2021 a julho deste ano, segundo dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicados nesta sexta-feira (12). Este é o quarto maior índice da série histórica.

Nos últimos três anos, o desmatamento foi menor que no último período. A medição anual da área de alerta de desmatamento é feita de agosto a julho do ano seguinte, por conta das temporadas de chuva e seca da região.

Foto: Agência Pará/Reprodução

O estado com maior índice de desmatamento é o Pará, com 35,7% do total (3.072 km²). Depois vem o Amazonas, com 26,7% da área destruída, ou 2.292 km².

O Deter emite sinais diariamente sobre alterações na cobertura florestal para áreas maiores que três hectares. Os sinais são emitidos para áreas em processo de degradação florestal – que pode ser por exploração de madeira, mineração e queimadas, entre outros fatores – para aquelas já totalmente desmatadas.

Novo recorde de desmatamento em julho 

 O mês de junho de 2022 segue a tendência dos últimos anos e representou um novo recorde para área em alerta de desmatamento da Amazônia Legal. Com 1.120 km² de floresta sob alerta, esse é o maior registro para o mês desde 2016, quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) começou o monitoramento da forma como é feito hoje.

Este é o terceiro ano seguido que o mês de junho bate recordes. Em 2020 e 2021, a área em alerta também foi maior de mil quilômetros quadrados. Além disso, o primeiro semestre de 2022 contabilizou a maior área sob alerta em sete anos.

Entre 1º de agosto de 2021 a 30 de junho deste ano, foram 7.104 km² de floresta sob alerta de desmate, segundo o sistema Deter-B (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real) do Inpe. 

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