Cidade do petróleo: Relembre o período áureo de Nova Olinda do Norte

Nova Olinda do Norte chegou a ser conhecida nacionalmente pelo “ouro negro”

É fato que o Amazonas possui uma vasta biodiversidade que proporciona um intenso potencial econômico da região. Mas você sabia que o Amazonas já foi referência na exploração petrolífera? Na década de 50, o município de Nova Olinda do Norte, distante 135 quilômetros em linha reta de Manaus, vivenciou tempos áureos e prósperos na extração de petróleo. 

O Portal Amazônia relembra esse fato histórico.

Foto: Gervasio Baptista/Acervo pessoal

A história de Nova Olinda do Norte  é diretamente ligada à exploração de petróleo na região. Até então, era um distrito do município de Itacoatiara. 

Em 13 de maio de 1955, moradores da região encontraram um poço que jorrava litros de petróleo. O feito se tornou um dos assuntos veiculados na imprensa nacional.

Foto: Divulgação

Após a descoberta, a cidade entrou em pleno desenvolvimento econômico e social. Vários trabalhadores da Petrobras passaram a ocupar a região e foram construídos hospitais, escolas, redes de distribuição de energia elétrica, todos construídos e mantidos pela empresa petrolífera. 

Em registro, o então presidente Juscelino Kubitschek em visita à região. Foto: Divulgação

Porém, o que acreditava-se ser um período de longo desenvolvimento da Amazônia, não passou de uma ilusória esperança. Em 1964, após o início do Regime Militar, o então presidente Castelo Branco determinou o fechamento da base em Nova Olinda e a demissão imediata de todos os funcionários. Isso porque a maioria dos funcionários era contra o golpe e apoiaram o presidente anterior João Goulart. A justificativa de castelo branco foi que não havia petróleo no município.

De acordo os jornais da época, um geógrafo chamado Walter Link, contratado pela Petrobras, alegava que o hidrocarboneto da região não tinha valor comercial e era uma atividade inviável. Após isso, os poços foram lacrados e a cidade abandonada. Como era a Petrobras que mantinha serviços de saúde, educação e outros serviços essenciais, todas as estruturas foram deixadas no local sem manutenção. 

Foto: Divulgação

Até hoje, alguns prédios se encontram abandonados, com o mato tomando conta do lugar, outros foram ocupados por ribeirinhos que viviam na região e alguns foram utilizados anos mais tarde pela prefeitura, que realizou reformas e restaurou os mesmos.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

PIB do Amazonas cresce 3,27% em 2022, acima da média nacional

O Amazonas mostrou força econômica com o setor de serviços e a indústria, com dados divulgados pela Sedecti após dois anos necessários para consolidação.

Leia também

Publicidade