Tjap cita ‘descontrole’ do vírus, ‘exaustão’ na capacidade de leitos de UTI e orienta lockdown

O Amapá adotou o lockdown uma única vez, em maio de 2020. A medida durou 15 dias 

O Comitê Judicial da Saúde, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), recomendou nesta quinta-feira (14), após reunião virtual, que sejam adotadas medidas radicais de restrição de circulação de pessoas, através de lockdown, em função do agravamento da pandemia da Covid-19 no estado. Cabe ao Estado e Municípios adotarem ou não a orientação.

O Amapá adotou o lockdown uma única vez, em maio de 2020, quando ocorreram restrições mais severas de circulação de pessoas e funcionamento somente de atividades essenciais. A medida durou 15 dias.

Foto: Edson Ribeiro/Rede Amazônica

Na quarta-feira (13), através de redes sociais, o governador Waldez Góes (PDT) anunciou que nesta sexta-feira (15) vai alinhar com as prefeituras os termos para um novo decreto estadual, que passará a valer a partir de sábado (16) – o atual vence nesta sexta, com restrições de circulação de pessoas em praças, calçadas e logradouros públicos após às 22h.

O gestor avaliou, após reunião com comitê técnico e científico de prevenção e combate ao coronavírus, que os dados epidemiológicos “revelam um quadro preocupante”.

No documento, o coordenador do Comitê do Judiciário, o desembargador Carlos Tork, cita que a Taxa de Transmissão voltou a apresentar valor acima de 1,0, “evidenciando descontrole na transmissão do vírus SARS-Cov-2”.

O texto também descreve que “elementos de monitoramento epidemiológico projetam importantes e descontrolados incrementos nos indicadores de morbidade e mortalidade” pela doença, e ainda que há uma “exaustão da capacidade instalada de leitos de terapia intensiva na rede hospitalar pública”. 

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