O milho é um dos cereais mais cultivados no mundo e matéria-prima de diversas atividades econômicas, da indústria alimentícia à produção de combustíveis. No Amapá, o plantio deste grão tão importante aumentou 86% entre as safras de 2021 e 2022, alcançando o posto de segunda maior cultura do estado, atrás somente da soja.
Um levantamento do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a área cultivada passou de 1,33 mil hectares em 2021 para 2,5 mil hectares já no ano seguinte.
Segundo o Rurap, a produção de milho no Amapá é de, em média, uma tonelada por hectare e a cotação atual da saca com 60 kg na bolsa de valores brasileira é de R$ 55,16. Contudo, esse preço é variável para cada estado e, no Amapá, o produto é comercializado entre R$ 80 e R$ 90.
Programa de Produção Integrada
O milho também é estratégico para a produção de outros alimentos, sendo a base das rações utilizadas na avicultura e suinocultura. Tanto agricultores quanto pecuaristas recebem, por meio do Programa de Produção Integrada de Alimentos (PPI), incentivos para ampliação e comércio dos produtos.
O PPI Safra 22/23 já entregou para 230 avicultores cerca de 115 toneladas de ração à base de farelo de milho adquiridas no mercado local. O alimento é utilizado no primeiro ciclo de criação de galinhas caipiras, com investimento de cerca de R$ 275 mil.
A suinocultura também recebeu investimentos nesse período, com 180 toneladas de ração entregues a 110 pecuaristas. O aporte na atividade soma mais de R$ 1 milhão.
Brasil
Para a safra 2023, é esperado um aumento de 11,2% na produção nacional de milho. Isso totaliza uma produção recorde de 122,5 milhões de toneladas, segundo o IBGE. O país é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás somente dos Estados Unidos e da Argentina.