Medidas de isolamento social são prorrogadas por 10 dias no Amapá

O “lockdown” encerrou após 15 dias com medidas mais duras de restrição de circulação de pessoas e veículos. Foram montadas barreiras sanitárias e de fiscalização em todos os municípios

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), anunciou no fim da noite de terça-feira (2), último dia de “lockdown” e rodízio de veículos, que foi prorrogado o decreto que mantém o isolamento social e restringe o funcionamento apenas de atividades e serviços considerados essenciais em todo o estado. A medida é para evitar a proliferação da Covid-19.

Com a prorrogação, segue fechada a maior parte das atividades econômicas do estado pelos próximos 10 dias. As aulas na rede pública e privada e o serviço público não essencial, alvos de outro decreto, seguem suspensos por período maior, até 30 de junho.

O “lockdown” encerrou após 15 dias com medidas mais duras de restrição de circulação de pessoas e veículos. Foram montadas barreiras sanitárias e de fiscalização em todos os municípios.

Numa rede social, o governador informou que a prorrogação foi definida após reuniões com poderes públicos, sociais e econômicos. O estado iniciou também a discussão de um plano para retomada gradual das atividades do comércio, mas não detalhou as ações.

Foto: Caio Coutinho/Rede Amazônica

A discussão da retomada econômica acontece após o Amapá superar os 10 mil infectados pelo novo coronavírus. Números até a terça-feira registram 237 mortes em decorrência da Covid-19.

Waldez, assim com o prefeito de Macapá, Clécio Luís, condicionam a volta gradual do comércio à queda nos casos e mortes pela Covid-19. Entre os indicadores, está a redução na ocupação dos leitos de UTI, que atualmente segue acima de 95%.

Regras para funcionamento de serviços

Podem funcionar, no comércio, atividades como supermercados, mini-boxes, mercantis, lojas de produtos de limpeza e higiene, postos de combustíveis, padarias, peixarias, açougues e batedeiras de açaí, no horário de 6h às 19h – até 23h na modalidade delivery.

Únicos serviços permitidos para funcionamento 24 horas são: chaveiros, carimbos, farmácias, drogarias e manipulação, hotel e transportadoras, sendo respeitadas todas as regras de proteção à saúde.

Restaurantes, lanchonetes e similares funcionarão sobre a modalidade delivery até as 23h. Fica terminantemente proibido o consumo no local da compra e portas abertas para atendimento ao público.

As feiras fechadas funcionarão das 6h às 18h com revezamento, com 50% de ocupação dos boxes e controle de acesso. As feiras livres poderão funcionar com a liberação de 30% dos feirantes, devendo haver escalonamento dos boxes, com autorização para abrir diariamente, espaçamento entre boxes, um box ocupado intercalado com dois livres.

Em clínicas e laboratórios, o atendimento será por agendamento, observando regras de não aglomeração. Óticas e cartórios farão agendamento e um cliente por hora.

No caso de autopeças; venda de pneus; venda de baterias e acessórios; malharia e indústria de confecção; insumos agropecuários, o atendimento deverá ser feito somente na modalidade delivery.

Funerárias funcionarão 24 horas, mas sem velório e caixão lacrado ou cremação, nos casos de morte por coronavírus.

As seguradoras, instituições financeiras e bancos deverão fazer atendimento por telefone e/ou aplicativo, sendo o atendimento preferencial em casos excepcionais, por agendamento das 6h às 18h.

As lotéricas devem evitar a aglomeração de pessoas, utilizando distância com espaçamento de, no mínimo, dois metros entre pessoas.

Empresas de construção civil, indústria de cerâmica, marmorarias, distribuidoras de cimento e obras públicas e particulares deverão funcionar na modalidade delivery e, excepcionalmente, quando o consumidor fizer compras no atacado poderá ir buscar no estabelecimento, observando as regras de não aglomeração.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

PIB do Amazonas cresce 3,27% em 2022, acima da média nacional

O Amazonas mostrou força econômica com o setor de serviços e a indústria, com dados divulgados pela Sedecti após dois anos necessários para consolidação.

Leia também

Publicidade