Jogo criado por amapaense mistura rotina e terror: Bob’s Fears

O criador do jogo decidiu mostrar a rotina repetitiva de uma pessoa comum — como lavar louça, separar o lixo e correr para o ônibus — mas com uma abordagem criativa e inusitada.

Foto: Isadora Pereira/Rede Amazônica AP

O jovem Gabriel Rocha, de 19 anos, apresentou seu jogo no evento Joga Feira, durante a 54ª Expofeira do Amapá, em Macapá. Ele é programador e desenvolvedor de jogos independentes. A mostra é organizada pelo coletivo Game Dev Amapaense, que busca destacar talentos locais da área de tecnologia e criação digital.

A programação da Expofeira continua até domingo (7), com exposições e apresentações de artistas e criadores do Amapá e de outras regiões do país.

O jogo criado por Gabriel, chamado Bob’s Fears (Medos do Bob), surgiu durante uma ‘game jam‘ — competição que desafia desenvolvedores a criar jogos em poucos dias.

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Como é o jogo?

Com o tema ‘looping‘, Gabriel decidiu mostrar a rotina repetitiva de uma pessoa comum — como lavar louça, separar o lixo e correr para o ônibus — mas com uma abordagem criativa e inusitada.

O protagonista do jogo é Bob, que se muda para uma cidade nova por causa do trabalho. Ele imagina que vai viver em uma metrópole enorme, mas descobre que o local é habitado por monstros de verdade.

Leia também: Tradição, cultura e histórias marcantes: 6 curiosidades sobre a Expofeira do Amapá

tela do Jogo amapaense Bob’s Fears
Foto: Isadora Pereira/Rede Amazônica AP

No novo lar, Bob enfrenta tarefas comuns, como limpar a casa ou ir ao mercado, sempre com o receio de encontrar monstros pelo caminho.

“A ideia surgiu da nossa própria rotina. A gente queria transformar coisas simples do dia a dia em algo divertido, mas também meio assustador. Tipo lavar louça e um monstro aparece na sua janela”, explicou.

Apesar de não ter concluído o projeto durante a competição, Gabriel foi convidado pelo coletivo para apresentar o jogo no mês agosto durante a feira.

“A gente queria que o jogo fosse engraçado, mas também causasse uma estranheza. É como se os monstros fossem metáforas das tarefas que a gente evita”, concluiu.

Sobre o coletivo de games

O coletivo Game Dev Amapaense foi criado para fortalecer a produção de jogos independentes no estado. Leonardo Ferreira, um dos cinco diretores do grupo, explica que o objetivo é dar suporte a artistas e desenvolvedores locais, evitando que precisem sair do Amapá por falta de oportunidades.

“O desenvolvimento de jogos aqui ainda é pouco conhecido. Tem gente que faz, mas ninguém sabe. A ideia é criar um sistema que funcione, que dê suporte e mantenha os artistas no estado”, afirma Leonardo.

O Joga Feira é uma das ações do grupo e reúne produções locais para que o público conheça o potencial criativo dos desenvolvedores amapaenses.

Foto: Isadora Pereira/Rede Amazônica AP

Conheça alguns games amapaenses expostos na feira

  • Brew & Desh – É um jogo tipo “infinity runner” em que o jogador controla uma bruxinha aventureira. Ela pilota um carrinho por cavernas geradas aleatoriamente, em busca de ingredientes mágicos.
  • Spirit of Calamity – Neste jogo, o personagem principal é Abelardo, que entra em um hotel abandonado para procurar o irmão desaparecido, Ícaro. A história mistura mistério e exploração.
  • Ghostein – Criado por um desenvolvedor paraense, o jogo é furtivo e conta a história de um pai que morreu em uma câmara de gás. Ele volta como fantasma para tentar salvar o filho do mesmo destino. A narrativa é centrada no amor entre pai e filho.
  • Love Sick Cats – Desenvolvido por um criador amapaense, o jogo é um roguelike frenético. O jogador assume o papel de Sashi, uma gata assassina movida por vingança pessoal.
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