Território francês na divisa com Oiapoque busca identificar qual a cepa circulando no país: inglesa, brasileira ou sul-africana.
A Guiana Francesa, território da França na América do Sul que faz divisa com o estado do Amapá, registrou 4 casos de uma nova variante da covid-19. De acordo com a imprensa do país, os registros foram em pessoas com idades entre 57 e 62 anos, sem relações diretas entre elas, nas cidades de Remire, Matoury e Caiena, todas comunidades próximas.
Ainda segundo a imprensa do país, um dos pacientes morreu. Por causa dessa descoberta, a vacinação na Guiana Francesa vai ser estendida a todos os habitantes com mais de 50 anos.
Análises adicionais foram realizadas para descobrir quais variantes estão presentes no território, se é a inglesa, a sul-africana ou a brasileira, que foi identificada pela primeira vez no Amazonas.
O setor de saúde da Guiana Francesa lançou operações de isolamento e rastreamento de contatos para limitar o risco de transmissão.
No país, há algumas semanas, qualquer teste de Covid-19 com resultado positivo é analisado para determinar se é uma contaminação por uma variante do coronavírus – por uma das cepas monitoradas no mundo por causa da maior chance de contágio.
Em caso de contaminação por uma variante, os procedimentos vão ser reforçados. O isolamento do paciente é estendido pra 10 dias. Se mesmo assim, um novo teste não der negativo, o isolamento é de mais 7 dias, e não pode ser suspenso se a pessoa tiver febre nas últimas 48 horas.
A cidade amapaense mais próxima do país é Oiapoque, que é dividida apenas pelo rio com Saint-Georges, do lado francês. Estimativas não oficiais, apontam que vivem na Guiana pelo menos 30 mil brasileiros, muitos deles ilegais.
A Ponte Binacional que liga as duas cidades está fechada para o trânsito de pessoas. Atualmente, está permitido apenas o transporte de cargas.
A preocupação com os casos na Guiana Francesa também é do lado brasileiro. O governo do Amapá informou nesta terça-feira (16) que solicitou do Ministério da Saúde a instalação de usinas produtoras de oxigênio no Amapá.
A medida é preventiva em função de Oiapoque ser a cidade isolada da capital Macapá.