Incêndio em subestação de energia deixa 13 dos 16 municípios do estado sem energia elétrica desde a noite de terça-feira (3)
O governador Waldez Góes (PDT) assinou no fim da manhã desta sexta-feira (6) decreto que estabelece situação de emergência no Amapá em função do apagão que atinge o estado há mais de 60 horas e deixa 13 dos 16 municípios sem energia, e, consequentemente, sem fornecimento de água e oferta regular de serviços de telecomunicações.
O decreto válido por 90 dias estabelece um plano de emergência para atender a população afetada pela falta do serviço desde a noite de terça-feira (3), o equivalente a 89% dos habitantes.
Situação de emergência é quando o impacto do evento [desastre] faz com que o Estado precise de ajuda externa, pois sozinho não consegue se manter.
A decisão permite a mobilização de ações voluntárias de assistência social e dispensa de licitação para compra de bens e realização de serviços e obras. É possível adquirir, por exemplo, água potável e mineral, além de alimentos para a população.
Na noite de quinta-feira (5), a prefeitura de Macapá, capital do estado, assinou decreto de calamidade publica. A administração do município alegou que encontra dificuldades para comprar insumos básicos.
No caso de estado de calamidade pública, é preciso um aporte ainda maior e pode comprometer totalmente a capacidade de resposta do poder público local.
O governo do Estado informou que o plano de estado de emergência será detalhado às 17h, em uma entrevista coletiva com a imprensa.
Principais impactos do apagão para a população:
- Falta de energia em 13 dos 16 municípios, incluindo todos da região metropolitana. Em Macapá, só há energia em serviços essenciais, como hospitais
- Falta água encanada, água mineral e gelo
- Internet e serviços de telefonia quase não funcionam
- A maioria dos postos de gasolina não tem gerador e não consegue operar
- Caixas eletrônicos e máquinas de cartão não funcionam, então as pessoas não conseguem fazer compras