Novas tecnologias para aumentar produção de tambaqui, tracajá e camarão são apresentadas no Amapá

Seminário da Embrapa apresentou pesquisas que envolvem avanços tecnológicos na área da aquicultura no Amapá. Estudos abordam sanidade do animal, nutrição e sistemas de produção integrados.

Pesquisadores da Embrapa Amapá apresentaram avanços tecnológicos que podem transformar a produção de espécies regionais como tambaqui, tracajá e camarão-da-amazônia. As pesquisas também incluem soluções para reduzir a mortalidade, melhorar a imunidade dos animais e ampliar a segurança no processo produtivo.

As tecnologias foram debatidas durante o 5º Seminário de Aquicultura da Embrapa Amapá, realizado nos dias 26 e 27 de novembro, em Macapá.

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Entre as novidades estão o melhoramento genético do tambaqui, que garante crescimento mais rápido, menor consumo de ração e maior lucratividade, além de sistemas de cultivo para o camarão-da-amazônia, espécie que enfrenta queda nos estoques naturais.

Novas tecnologias para aumentar produção de tambaqui, tracajá e camarão são apresentadas pela embrapa no Amapá
Camarão-da-Amazônia. Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará

Uma das descobertas recentes é a identificação da virose necrosante da carapaça, que tem provocado mortes em camarões, tanto em ambientes naturais quanto em cativeiro.

“Essa descoberta é fundamental porque permite orientar os produtores sobre medidas de biosseguridade e manejo, para reduzir perdas e garantir a continuidade da produção do camarão regional”, explicou o pesquisador da Embrapa, Marcos Tavares.

Treinamento na Embrapa

Durante a apresentação da pesquisa, houve um curso de treinamento para identificar a virose, que tem afetado populações naturais e de cultivo de camarões.

O evento reuniu especialistas de vários estados e contou com parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Amapá, com foco na transferência de conhecimento para produtores locais.

A ideia é que as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa possam ser aplicadas diretamente na piscicultura. Segundo o organizador técnico, Dr. Jô de Farías Lima, o objetivo é aproximar ciência e setor produtivo.

Leia também: Espécies de maracujá são mapeadas no Amapá

“Temos colegas da Amazônia e de outras regiões do Brasil. Um deles, do Maranhão, é especialista em sanidade de crustáceos e veio tratar das doenças que afetam o camarão-da-amazônia, cuja população natural está em queda. O objetivo é trazer esse debate para a comunidade acadêmica e, principalmente, para os produtores, criando um diálogo direto com o setor produtivo”, afirmou.

*Por Isadora Pereira, da Rede Amazônica AP

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