É possível consultar páginas e acervos virtuais que mantêm vivas, através de imagens e relatos
Macapá comemora aniversário em 4 de fevereiro e conta com um passado – e presente – repletos de histórias e curiosidades, que vão desde o período colonial, o ex-território e o início da urbanização da capital, que concentra cerca de 70% da população do estado.
A história de Macapá se confunde com a do Amapá em muitos aspectos, seja pelo protagonismo dos atos históricos que formaram o povo que vive no meio do mundo, seja por abrigar os monumentos e prédios importantes.
Em tempos de pandemia, quem quer conhecer a trajetória histórica de Macapá se vê impedido pelas medidas de restrição à Covid-19, que fecharam os principais pontos de visitação e reduziram as atrações que contam a formação da cidade desde 1758.
Mas, mesmo de casa, é possível consultar páginas e acervos virtuais que mantêm vivas, através de imagens e relatos, a construção desde a Macapá antiga até os dias atuais, relembrando personagens que marcaram seus nomes na eternidade.
A equipe da Rede Amazônica fez um levantamento de páginas que cultuam fotos e histórias da concepção de Macapá, construídas por admiradores e fãs da capital que servem como um grande museu virtual para quem quer conhecer a cidade sem sair de casa.
Porta-retrato
Com centenas de publicações, entre relatos, “causos” e principalmente fotos da Macapá antiga, o blog Porta-Retrato traz há quase 11 anos uma narrativa da construção dos costumes da Macapá do século 20.
Idealizado pelo jornalista João Lázaro, com colaboração de obras do também jornalista Édi Prado e do escritor Paulo Tasso Barros, o blog apresenta imagens de prédios antigos, como praças, lojas, instituições públicas, além de personagens que hoje são eternizados em nomes de ruas e escolas.
As publicações, a maioria em preto e branco, são sempre acompanhadas de comentários sobre a época e contextualização fiel às datas e locais.
“Não sou historiador, apenas um estudioso e pesquisador da história do Amapá, faço disso um hobby, sem qualquer reembolso financeiro”, comentou João Lázaro.
Amapá Dia a Dia
Para quem gosta do registro linear da história, a opção certeira é o blog “Amapá Dia a Dia”, do historiador Edgar Rodrigues.
Com um acervo raro de fatos e fotos, o diferencial é o relato dos registros da evolução do estado e consequentemente, da capital, a cada dia, com um tópico para cada um dos 365 dias do ano e o fato relevante que aconteceu naquela data.
Os tópicos vão desde datas históricas, quanto curiosidades, nascimento de personalidades, fundação de clubes, inauguração de escolas e prédios públicos, e milhares de citações.
Para Rodrigues, a intenção do blog é compartilhar com o público em geral a trajetória de formação de Macapá em linguagem que atenda todos os públicos, desde curiosos e pesquisadores.
“Me deparei com uma farta documentação sobre período colonial do Amapá, entre elas, cartas, assim como jornais daquela época que tratavam de Macapá no período cabano e do contestado. Com todo esse arsenal, resolvi criar o blog”, completou.
IBGE
Dentro do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde o órgão traz informações de todos os municípios brasileiros é possível acessar um conteúdo especial sobre Macapá, que traz um histórico da formação da cidade, de vila à capital.
O mais interessante é uma galeria com centenas de fotos públicas que trazem um acervo rico em registros de locais históricos de décadas atrás, como o Centro administrativo, Fortaleza de São José, praças e escolas.
Memorial Amapá
Nas redes sociais, o Facebook abriga o grupo Memorial Amapá, que tem como lema “O que o tempo levou, a gente traz de volta”. E traz mesmo, um acervo bastante rico com fotos e relatos, que vão desde o período colonial até o território federal.
O grupo é aberto e qualquer usuário pode entrar e participar, desde que tenha uma conta na rede social. São mais de 10 mil membros em 5 anos de iniciativa.
Espaços como o Mercado Central, a Fortaleza de São José e personalidades históricas ganham fotos e rostos seguidas de relatos do crescimento da pequena vila ao posto de quase cidade-estado.
*Por John Pacheco , do g1 Amapá