A maioria delas é nativa. E uma boa parte são híbridas, produzidas após o cruzamento de duas espécies diferentes
O orquidário do Bioparque da Amazônia, localizado na Rodovia JK, em Macapá, recebeu 17 novas orquídeas através de uma parceria com a Sociedade Amapaense de Orquidofilia e Orquidologia. Agora o orquidário passa a ter quase 200 espécies, entre nativas e híbridas.
Entre as novas espécies que chegaram estão a “Cattleya alba”, que tem uma mistura das cores branco, com pontos amarelos e detalhes em lilás; e a “Cattleya amarela”, de cores fores que também chamam a atenção. São plantas que enchem os olhos até de quem já trabalha com orquídeas.
“Olha a beleza, a simplicidade, a singeleza delas. Eu me emociono muito com a Cattleya alba. Porque tem detalhes que emocionam. A formação das pétalas, o labelo, as cortes que nos atraem muito”, disse Fátima Santos, gerente do orquidário.
A maioria delas é nativa. E uma boa parte são híbridas, produzidas após o cruzamento de duas espécies diferentes. E nem sempre é fácil receber o presente, uma flor de uma orquídea dessa forma.
“Eu tenho orquídea na minha casa que é do Sul do país. Tenho uma que vai florescer agora que tem 15 anos. Eu trouxe quando fui em São Paulo, numa época de frio. Ela floresceu uma única vez, com uma única flor e agora ela tá com uma haste floral depois de mais de 15 anos”, declarou Socorro Cantuária, presidente da Sociedade Amapaense de Oquidofilia e Orquidologia.
Caminhando pelo Bioparque da Amazônia, é possível encontrar orquídeas nativas.
Para diferenciar uma orquídea de uma não orquídea, segundo os pesquisadores, dois pontos devem ser levados em consideração. O primeiro deles é que uma orquídea esteja no local para ornamentar, tornar o local mais bonito. O segundo ponto é que a orquídea, diferente de uma planta parasita, não suga o alimento da árvore onde ela fica.
“As que se hospedam em árvores são chamadas de epífitas. As que ficam no solo, não propriamente em terra, são chamadas de terrestres. E existem aquelas que também vegetam nas rochas. Existe orquídea em todo lugar do mundo”, explicou Socorro.
As orquídeas são consideradas especialistas na atratividade de polinizadores. Insetos que passam por elas também viajam por outras plantas e árvores frutíferas.
O Bioparque da Amazônia continua fechado por meio de decreto municipal devido à pandemia do novo coronavírus. Quando tudo isso passar, as pessoas vão poder conhecer as novas espécies e até as mais antigas. Entre elas as mini-orquídeas, que podem ser colocadas na palma da mão.
“Trabalhar com orquídea alivia a alma. A orquídea é uma planta que você se apaixona por ela e ela por você. Existe um entendimento, um entrosamento muito grande. Para cuidar de orquídea, você tem que ter muito amor”, finalizou a gerente do orquidário.