Amapaense completa 100 anos e família comemora com ‘parabéns’ pela web

Nascido no município do Amapá em dia 14 de maio de 1920, ele dedicou grande parte da vida ao transporte como taxista e a musicalidade

Aluízio Amaral, mestre em instrumento de cordas, celebrou um século de vida fazendo o que mais gosta: tocando violino. Por ser do grupo de risco, ele não recebeu abraços e felicitações pessoalmente devido à pandemia do novo coronavírus, mas recebeu o carinho da família e amigos à distância pela internet, onde muitas histórias e lembranças foram revividas.

O mestre é especialista em instrumentos como: violão, cavaquinho, bandolim, violino, além de criar artefatos para decoração em madeira.

Sempre foi muito visitado por grandes músicos e instrumentistas do Amapá e é conhecido pela facilidade em executar músicas só de ouvido, com grande agilidade nas mãos para tocar sambas e chorinhos.

Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Nascido no município do Amapá em dia 14 de maio de 1920, ele dedicou grande parte da vida ao transporte como taxista e a musicalidade. Mestre Aluízio, como é conhecido, foi um dos pioneiros a tocar e consertar instrumentos de cordas no estado.

Também trabalhou durante muitos anos numa antiga mineradora ao lado do “seu” Cecílio, companheiro de empresa e de música nas últimas décadas.

“Tenho o prazer e a satisfação de encontrar ele muito bem ainda. Espero que ele e as nossas famílias fiquem e paz e que possamos comemorar muitas e muitas vezes”, completou o amigo.

Com 11 filhos, viúvo de dois casamentos, 23 netos, 30 bisnetos e um trineto, são 100 anos de experiência vividas, como conta a bisneta Ana Catarina, mãe do 1º trineto do mestre.

“Infelizmente por causa da pandemia não podemos estar aí, mas a gente deseja tudo de bom. Graças à Deus está todo mundo bem. Logo logo estará todo mundo junto para comemorar a saúde e a felicidade”, disse em depoimento gravado em vídeo.

O cavacolino foi o último instrumento fabricado pelo mestre, há seis anos. De acordo com o neto Valdir Júnior, o avô se tornou também especialista ao manusear a madeira, sendo um grande artesão.

“Tenho aqui alguns dos artesanatos que ele fez que estão aqui na minha casa, se tornou um luthier em Macapá, consertou vários instrumentos de artistas aqui, inclusive do mestre Nonato Leal. Enfim, 100 anos de vida do meu avô, a história dele se confunde com as várias localidades por onde ele passou”, declarou.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pesquisadores defendem programa de cisternas para preparar a Amazônia para as próximas secas

Para os especialistas, a magnitude e extensão do impacto climático sobre a população da região nos dois últimos anos requer um programa governamental abrangente, a exemplo do “1 milhão de cisternas” realizado no semiárido nordestino.

Leia também

Publicidade