Teatro AM recebe peça com Silvia Pfeifer, Olívia Torres e Priscila Fantin

Nos dias 7 e 8 de julho, o Teatro Amazonas será palco da peça ‘Além do que os nossos olhos registram’, sucesso de público estrelado pelas atrizes Silvia Pfeifer, Priscila Fantin e Olívia Torres. As sessões acontecerão no sábado, às 21h, e no domingo, às 19h, e os bilhetes já podem ser adquiridos na bilheteria do teatro.

“Além do que os nossos olhos registram” fala sobre a convivência de três gerações de mulheres, apoiando e enlouquecendo umas às outras. O espetáculo estreou nacionalmente em outubro de 2017, em Porto Alegre. O texto é de Fernando Duarte, autor de “Callas” e “Depois do Amor”, ambos dirigidos pela saudosa Marília Pêra, e a direção artista fica a cargo de Fernando Philbert, que assinou a direção de espetáculos como “O topo da montanha”, com Lázaro Ramos e Thais Araújo, e “O Escândalo de Felippe Dussack”, com Marcos Caruso, entre outros.

Foto: Divulgação
Na peça, a personagem Delfina (Silvia Pfeifer) é uma mulher agita independente que sempre teve a cabeça livre de preconceitos, e possui uma rotina dinâmica e cheia de afazeres – alguns mais típicos, outros mais peculiares. Uma avó moderna e articulada. Ela se identifica com os marginalizados e, desde jovem, luta pelos direitos das minorias.

Já Priscila Fantin interpreta Violeta, uma mulher elegante, divertida e ardilosa. Seu lema de vida é: “Mantenha as aparências e impressione sempre”. Vive um casamento de fachada que lhe proporciona uma vida confortável. Ela foi sugada pelo mundo do marido e possui uma maneira prática e decidida, e, às vezes, cínica, de resolver os problemas. Não raro, é ela quem vai se sobrepor a Delfina e a Sofia em termos de sensatez e amadurecimento.

Completando o trio, Olívia Torres vive Sofia, que tem uma relação conflituosa com os pais, e encontra na avó o apoio não encontrado na relação com a mãe. Seu olhar para o mundo feminino instalado à sua volta é aguçado e provocador. Ela vive às turras com a mãe, mas o novo cotidiano intensifica seus laços com a avó.
Ao mostrar essa complicada relação entre mãe, filha e avó, o espetáculo expõe, de maneira emocional, as agruras e alegrias do universo feminino. Não é fácil para nenhuma das protagonistas, mas a peça apresenta soluções interessantes que poderiam ser aplicadas no dia a dia de qualquer um.

O autor Fernando Duarte conta que a história nasceu do relato da experiência de uma amiga, e, posteriormente, de uma série de vinte entrevistas feitas com outras mulheres, de diferentes classes sociais.

“Em 2015, estive em Brasília com o espetáculo ‘Callas’, outro texto de minha autoria. Na ocasião, reencontrei uma antiga colega de escola. Conversamos bastante e ela me contou sobre a complicada relação com a mãe. Com 17 anos, foi expulsa de casa por conta da orientação sexual. A mãe, muito religiosa, cortou relações com a filha. Foram oito anos assim, elas só voltaram a se falar quando a mãe ficou gravemente doente, acabou falecendo em decorrência de um câncer”, contou.

“Resolvi escrever sobre a fragilidade das relações humanas, as relações familiares, e também, sobre esses preconceitos que andam assombrando a vida de tanta gente. Conversei com muitas mães, muitas filhas, avós… muitas histórias e, dois anos depois, temos aqui um texto que fala sobre amor, desamor, preconceitos. Uma peça para refletir. É um olhar masculino sobre o universo feminino”, completou.

Os ingressos para o espetáculo ‘Além do Que os Nossos Olhos Registram’ custam R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). Informações (92) 3232-1768.
Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Nova espécie de sapo é encontrada em cadeia isolada de montanhas no Amazonas

Levou quatro dias para os cientistas capturarem o primeiro exemplar, e dois anos para eles definirem cientificamente a sua identidade.

Leia também

Publicidade