Festival Amazonas de Dança continua com apresentações e ações formativas até domingo

A nona edição do Festival Amazonas de Dança (FAD), que começou na última terça-feira (05), com a estreia do Balé Jovem Claudio Santoro, segue com intensa programação artística e ações formativas em vários espaços administrados pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Todas as atividades são gratuitas. Confira!

Nesta quinta-feira (07), o Corpo de Dança do Amazonas, que participa do FAD como companhia convidada, apresenta “Carnaval dos Animais”, às 10h, no Teatro da Instalação (rua Frei José dos Inocentes, Centro). Na coreografia, a dança contemporânea, os elementos do cartoon e a caricatura dão a tônica das cenas onde a coreógrafa Adriana Góes retrata os indivíduos em situações que se assemelham a animais de outras espécies. O espetáculo será reapresentado na sexta-feira, no mesmo local e horário.

Foto:Michel Dantas/SEC AM

A partir das 18h, o Teatro da Instalação também será palco para os espetáculos “Daily Vlog”, de Anderson Galdino, e “Ruína”, da Cia. de Dança Fragmento de Rua, ambos com classificação indicativa livre. ”Daily Vlog” mostra a relação de um Bboy youtuber com seus seguidores. Já “Ruína” aborda o desmatamento da Amazônia, com os corpos em cena retratando a natureza, as sensações de dor, sofrimento e luta, assim como a resistência à violência que a floresta vem sofrendo.

Na sexta-feira (08), tem apresentação de “Aponte”, de Alana Nascimento e Talita Menezes; “Memórias no Chão”, do Grupo Caminhos; e “Waranã”, de Will Cruz, todos no Teatro da Instalação, a partir das 18h. Classificação livre.

“Aponte” trata sobre conflitos, transculturalidades, efervescência, os embates que se travam entre a vontade de ir e voltar. Em cena são abordadas questões como angústia e saudade.

“Memórias no Chão” é uma performance em dança atrelada à pesquisa desenvolvida durante a carreira acadêmica da autora, Brisa Ramos, diagnosticada com Epilepsia Mioclônica Juvenil. O espetáculo é sustentado pela motivação de (re)construir um caminho na Arte para um corpo marginalizado pela doença, ressignificando a necessidade de compreender o corpo e reafirmar sua potência criativa.

“Waranã” tem como contexto, os diversos contos, lendas e mitos sobre o “nascimento” do Guaraná, o que aconteceu depois, e quem foram os primeiros a entender seus efeitos, criando uma nova história por meio da dança.

Também na sexta, a Cia. Expressão e Vida apresentará “As formas de dizer meu nome”, às 20h, no Teatro Amazonas. O espetáculo faz referência ao ser que, ao longo do tempo, dá significância a sua vida através de suas experiências desde o nascimento, ou até antes dele, acreditando que a forma como se é dita ou vivenciada interfere em sua relação com o mundo através das experiências.

No Sábado (09), a Flip Produções apresenta “Ananse”, às 17h30, no Largo de São Sebastião. Na sequência, a Cia. Arte e Movimento fará “Enruína”. Os espetáculos também têm classificação livre.

“Ananse”, intervenção que surge a partir da lenda africana do Deus Ananse, conhecedor de todas as histórias. Aborda a condição do negro na sociedade desde a escravidão até os dias atuais.

“Enruína” surge de reflexões sobre a relação corpo-espaço e memória-lugar em casas abandonadas de Centro da cidade de Manaus. Pensando conceituar e experimentar um corpo-ruína, o trabalho incita nos intérpretes a relação com seus próprios fragmentos, marcas pessoais e medos que se inter-relacionam com os resquícios das casas.

Às 20h, no Teatro Amazonas, a Contém Dança Cia apresentará “Chico – o corpo em cores e sons”. O espetáculo mergulha, experimenta, vive e sente no corpo as composições de Chico Buarque de Holanda, onde cada intérprete fala das suas experiências e sentimentos íntimos em consonância com as músicas que falam do universo feminino. Classificação indicativa para 16 anos.

No domingo (10), no último dia do 9º FAD, a Índios.Com Cia. de Dança apresentará o espetáculo “Filhos da Terra”, às 17h30, no Largo de São Sebastião. O encerramento do festival acontecerá a partir das 19h, no Teatro Amazonas. A Pajê Cia. de Dança fecha a programação com o espetáculo “Mithus”.

“Filhos da Terra” é uma intervenção na qual as bailarinas se utilizam da paisagem sonora do espaço público, assim como elementos da cultura indígena (paneiros, cuias e urucum), com o intuito de chamar atenção para corpos inviabilizados como os ameríndios, e para a percepção do corpo em relação à terra, que oferece uma boa energia, de cura, de vida.

“Mithus” é baseado na obra literária “She” de Robert A. Jonhson, e faz uma viagem pelo reino das fantasias mitológicas que libertará as mulheres das preocupações mesquinhas do cotidiano. Ao retornar à realidade, elas têm a grata surpresa de se reconhecer neste reino fascinante e misterioso dos mitos, o verdadeiro reino interior em cada uma das mulheres.

Foto:Divulgação/SEC-AM

Atividades formativas

O FAD conta, ainda, com várias atividades formativas entre oficinas, palestras, vivências e rodas de conversa. Na quinta-feira (07), o Centro Cultural Usina Chaminé (Avenida Manaus Moderna, s/n, Centro) receberá três ações: a oficina de dança contemporânea”, às 14h, com a Contém Dança Cia; palestra sobre a história do jazz, às 15h, com a Pajê Cia de Dança; e a roda de conversa “Memórias no chão e seus processos: Da academia para a cena”, com o Grupo Caminhos, às 16h.

Na sexta-feira (08) será a vez do Teatro Gebes Medeiros (Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro – antigo Ideal Clube) receber atividades formativas. Às 14h haverá uma oficina sobre processo de criação e partilhando da técnica corporal e gestos, com a Flip Produções; seguida de um diálogo com os bailarinos da Cia. Fragmento de Rua sobre o processo de criação da obra, às 15h20; e de uma roda de conversa sobre o processo de criação do espetáculo, com Bboy Flare Boy TV, às 16h40.

A programação formativa termina no sábado, às 9h, com vivência coreográfica e conversa sobre dança e política com a Índios.com Cia de Dança, no Largo de São Sebastião.

As inscrições para as atividades podem ser feitas por meio do  link: bit.ly/oficinasFAD. As vagas são limitadas a 40 pessoas em cada ação.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Quinta-feira (07/11)

Teatro da Instalação (rua Frei José dos Inocentes, Centro)

10h – “Carnaval dos Animais”, com o Corpo de Dança do Amazonas
Classificação livre

18h – “Daily Vlog”, de Anderson Galdino
Classificação livre

18h20 – “Ruína”, da Cia. de Dança Fragmento de Rua
Classificação livre

Centro Cultural Usina Chaminé (Avenida Manaus Moderna, s/n, Centro)

14h – Oficina de dança contemporânea, com a Contém Dança Cia

15h – Palestra sobre a história do jazz, com a Pajê Cia de Dança

15h20 – Roda de conversa “Memórias no chão e seus processos: Da academia para a cena”, com o Grupo Caminhos

Sexta-feira (08/11)

Teatro da Instalação

10h – “Carnaval dos Animais”, com o Corpo de Dança do Amazonas
Classificação livre

18h – “Aponte”, de Alana Nascimento e Talita Menezes
Classificação livre

18h30 –  “Memórias no Chão”, do Grupo Caminhos
Classificação livre

19h10 – “Waranã”, de Will Cruz
Classificação livre

Teatro Gebes Medeiros (Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro – antigo Ideal Clube)

14h – Oficina sobre processo de criação e partilhando da técnica corporal e gestos – Fotos utilizadas na criação, com a Flip Produções

15h20 – Diálogo com os bailarinos sobre o processo de criação da obra, com a Cia Fragmento de Rua

16h40 – Roda de conversa sobre o processo de criação do espetáculo, com Bboy Flare Boy TZV
Teatro Amazonas

20h – “As Formas de Dizer Meu Nome”, da Cia. Expressão e Vida
Classificação livre

Sábado (09/11)

Largo de São Sebastião (Centro)

9h – Vivência coreográfica e conversa sobre dança e política, com a Índios.com Cia de Dança

17h30 – “Ananse”, de Flip Produções
Classificação livre

18h – “Enruína”, da Cia. Arte e Movimento
Classificação livre

Teatro Amazonas

20h – “Chico – o corpo em cores e sons”, de Contém Dança Cia.
Classificação indicativa para 16 anos.

Domingo (10/11)

Largo de São Sebastião

17h30 – “Filhos da Terra”, da Índios.Com Cia. de Dança
Classificação livre

Teatro Amazonas

19h – Cerimônia de encerramento

19h20 – “Mithus”, da Pajé Cia. de Dança
Classificação livre

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade