As inscrições para participar das batalhas são gratuitas e serão realizadas somente no primeiro dia do evento, para as categorias Break Dance, MCs e All Style, cada uma com 32 vagas. As disputas acontecerão em três etapas: Eliminatórias, na sexta-feira; Semifinal, no sábado; e a Final, no domingo. Haverá premiação para os vencedores das três categorias.
Os concorrentes da categoria de Break Dance serão avaliados pelo Bboy Roxo; os da categoria All Style, por Fernando Jacquiminut; e os MCs serão julgados pelo público. De acordo com Mayking, produtor cultural do movimento Hip Hop, os critérios de avaliação são consistência do movimento, originalidade, musicalidade, criatividade e grau de dificuldade.
Segundo Mayking, o Festival Cultura Urbana chega para preencher uma lacuna que existe nas manifestações de rua e para possibilitar o intercâmbio entre artistas já renomados e os estreantes.
“O Festival garante o diálogo entre os protagonistas da cena e artistas que se encontram nas periferias à procura de oportunidade”, comenta. “Sabemos que é um grande projeto e que terá grande impacto na formação de novos artistas, e o melhor de tudo é que está ocupando as zonas menos vistas e visitadas pela sociedade, buscando esse novo olhar para a comunidade, dando uma oportunidade de novos artistas mostrarem seu trabalho, além de mostrar que a arte afasta os jovens dos perigos que rondam as comunidades, como a violência”, pontua.
As atrações – Atração da primeira noite do Festival, o grupo Manauaras em Extinção vai apresentar músicas de “Tauari”, EP que será lançado no final de novembro. “São músicas autorais que remetem às crônicas urbanas, misturando um pouco de folclore, de guitarrada, rock, beats e muita poesia, muito rap contido”, afirma o rapper Jander Manauara. “O nome do EP ‘Tauari’ se refere a um cigarro usado pelas benzedeiras do interior do Amazonas, que usam esse cigarro para abençoar as pessoas, e esse é o sentido da crônica do show do Manauaras em Extinção”, comenta.
Um dos principais expoentes do rap do Amazonas, o rapper Victor Xamã, que é atração do segundo dia do Festival, na Praça de Alimentação da Cidade Nova (avenida Atroaris, 1236, Cidade Nova), na zona norte, promete um show enérgico.
“Vou levar um pouco dos meus dois discos: ‘Janela’, lançado em 2015, e ‘Verde Esmeralda & Cinza Granito’, que lancei no final de 2017. As pessoas podem esperar um show totalmente enérgico, com o rap do Norte em expansão constante, mostrando que a música, a arte aqui na nossa região não é desemprego”, pontua.
Xamã também avalia a cena cultural urbana do Estado e destaca a qualidade da produção local. “Eu enxergo a cena de uma maneira totalmente positiva. Há 15 anos nós não tínhamos esse número de artistas produzindo conteúdo de extrema qualidade. Só acho que falta uma sensibilidade do público para entender que as coisas que são produzidas aqui têm tanta importância como as produções de outros lugares. Somos uma terra rodeada por cultura, mas não é todo mundo que dá valor merecido”, observa.
No domingo (17), o encerramento da primeira edição do festival será no Prosamim Mestre Chico (Prosamim Mestre Chico, 165, Centro), na zona Sul, com show do grupo Coletivo 333. Segundo Luan Pinho, representante do grupo, o show será completo. “Todos os MCs vão participar, cada um vai mostrar seu estilo em cada uma das músicas”, conta. O repertório contará com sucessos como “Poetas no Esgoto”, que deu nome ao primeiro trabalho do grupo, em 2017, e que satiriza a realidade dos artistas da região que são submetidos a trabalhar no “underground”; e novidades como “A placa”, lançamento do Coletivo.
PROGRAMAÇÃO
Dia 15 (Pista de Skate – Parque São José)
17h às 21h – Pocket shows, intervenções de grafite, batalhas de Break, MCs e All Style; DJ Carapanã
19h – Manauaras em Extinção
Dia 16 (Praça de Alimentação da Cidade Nova)
17h às 21h – Pocket shows, intervenções de grafite, batalhas de Break, MCs e All Style; DJ Carapanã
19h – Victor Xamã
Dia 17 (Prosamim Mestre Chico)
17h às 21h – Pocket shows, intervenções de grafite, batalhas de Break, MCs e All Style; DJ Carapanã
19h – Coletivo 333