Os militares montaram quatro abrigos, distribuíram 1.024 cestas básicas e 1.465 galões de 20 litros de água
Nesta sexta-feira (26), as Forças Armadas ingressaram no 10º dia de apoio à população do Acre, que enfrenta dificuldades provocadas pelas enchentes no Estado. São mais de 200 militares trabalhando na “Operação Enchente” que resgataram 537 famílias de 28 bairros de três municípios.
O apoio se estende também às comunidades indígenas Kaxinawa e Colina, que vivem aldeadas no município de Santa Rosa do Purus. Nessas localidades, 98 famílias receberam 100 cestas básicas.
Os militares ainda montaram quatro abrigos, distribuíram 1.024 cestas básicas e 1.465 galões de 20 litros de água. As Forças Armadas trabalham em parceria com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, a pedido do Governo estadual.
Em 17 de fevereiro, ofício encaminhado às Forças, pelo governador Gladson Cameli, solicitava apoio às vítimas da enchente, mas, desde o dia anterior, o Exército por meio do Comando de Fronteira Juruá / 61º Batalhão de Infantaria de Selva (C Fron Juruá / 61º BIS), participava de operação desencadeada pela prefeitura do município de Cruzeiro do Sul, que decretou situação de emergência.
Com o transbordamento dos rios, os militares atuam na transferência dos desabrigados e transporte de materiais, com auxílio de embarcações e viaturas. Para receber as vítimas, 29 escolas foram adaptadas, sendo que uma delas está reservada a pacientes com a Covid-19. Em Cruzeiro do Sul, município com 30 mil habitantes, cerca de 8 mil famílias ficaram desalojadas. Na capital, o Parque de Exposição foi adaptado para receber quem não pode voltar para suas casas.
As chuvas que transbordaram no rio Juruá fizeram com que o nível da água atingisse 14,33 metros, o que superou a última grande cheia registrada. Em 2017, o nível da água foi de 14,24 metros.
Além da capital, de Cruzeiro do Sul e de Santa Rosa do Purus, os municípios Sena Madureira, Tarauacá, Rodrigues Alves, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima e Feijó também foram afetados pelas enchentes. A situação do Acre foi agravada em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus e de um surto de dengue.