Acre comemora 59 anos de emancipação à categoria de Estado

No dia 15 de junho de 1962, foi sancionada a lei que transformou o Território do Acre em Estado do Acre

Nesta terça-feira (15), o Acre celebra 59 anos de emancipação à categoria de Estado. No dia 15 de junho de 1962, foi sancionada por João Goulart, então presidente da República, a lei que transformou o Território do Acre em Estado do Acre.

Anteriormente a essa data, ocorreram muitos movimentos no território Acreano. Para sabermos um pouco mais sobre o assunto, o Tarde Nacional – Amazônia trouxe o historiador e arqueólogo no Acre, Marcos Vinícius Neves, para falar sobre a história do estado.

Segundo ele, o Acre é uma região que, anos atrás, pertencia à Bolívia e ao Peru, e em 1899, em um acordo secreto entre a Bolívia e os Estados Unidos, o território chegou a se tornar um país.

Foto: Diego Gurgel/Secom-AC

Na época, existia uma cobiça internacional sob a Amazônia e a possibilidade de internacionalização dos rios amazônicos. Tal acontecimento foi impedido pela luta dos brasileiros pela independência do Acre como Estado, que duraram cerca de 4 anos de movimentos.

Em 17 de novembro de 1903, o governo brasileiro negociou a anexação das terras do Acre ao Brasil, através do tratado de Petrópoles, o que o tornou em território federal. Apesar disso, o título de território federal não era bom, por não possuir justiça e governantes próprios, por isso, segundo Marcos, o Acre tem apenas cerca de 60 anos de história democrática.

“Essa data é muito importante. Eu sempre digo que o tratado de Petrópoles de 1903 é a certidão de nascimento da Acre brasileiro.”, afirma o arqueólogo.

Em conversa, o historiador fala sobre as características do estado, tanto quanto de sua história. Narrando sobre sua linha do tempo, até o momento em que território chegou ao seu título de Estado.

“É importante que pessoas de outras partes do Brasil conheçam essa história, porque é uma história de luta, de autodeterminação, e de amor a esse país, um amor verdadeiro, sincero e sem interesses políticos. Mas uma história que serve muito para que o Brasil se compreenda melhor.”, pontua Neves.

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