Startup que estuda produção de óleos essenciais a partir de plantas amazônica recebe apoio no Amapá

Essências como a de cumaru, andiroba e breu branco estão entre os produtos fabricados.

Foto:Reprodução/Ueap

Um dos grandes potenciais econômicos da Amazônia são as reservas medicinais e cosméticas que as suas mais de 30 mil espécies vegetais possuem. Entre os produtos que podem ser gerados a partir dessa vasta flora, estão os óleos essenciais, e é justamente com o objetivo de desenvolver esse mercado na região, que a Universidade do Estado do Amapá (UEAP) vem dando suporte técnico e estrutural à startup Sensações Amazônicas, que aproveita a riqueza da floresta para produzir esse material.

A iniciativa faz parte das dissertações de mestrado das alunas Naikita Silva e Thaís Freitas, graduadas em Engenharia Química na instituição, pertencentes ao programa de pós-graduação em ciências farmacêuticas da Universidade Federal do Amapá (Unifap). O projeto, que tem a orientação dos professores doutores Gabriel Araújo e Lilian Solon, fabrica esse óleo a partir de materiais retirados de caules, folhas, resinas, flores e sementes de plantas e que podem ser usados em cosméticos, alimentos e aromaterapia.

“Com as análises do mestrado, percebemos que não tínhamos óleos essenciais de plantas e frutos amazônicos e assim surgiu a ideia inicial da startup. Assim, a Sensações Amazônicas nasceu como uma iniciativa inovadora e sustentável, para levar a experiência da Amazônia para o mundo através do aroma e dos benefícios terapêuticos de seus produtos”, 

explica a diretora de operações (COO) do projeto, Naikita Silva.

A ideia da startup é ir além das matérias-primas já recorrentemente utilizadas no ramo de óleos essenciais, como lavanda e melaleuca, e explorar outras espécies como cumaru, andiroba, copaíba e breu branco, que já são utilizadas, inclusive, pelas próprias comunidades tradicionais para tratamento de doenças e cuidados pessoais.

Baseado em um acordo de cooperação técnica entre a Ueap e a Sensações Amazônicas, a universidade vem oferecendo mentoria e o espaço laboratorial para o desenvolvimento da iniciativa, que também foi aceita pelo Sinapse Bio, programa de pré-incubação que visa estimular, através de investimentos do setor privado, empreendimentos inovadores que auxiliem na preservação da floresta amazônica e propiciou recursos para criação do projeto.

“Por meio do Laboratório de Química Orgânica e Bioquímica, a universidade tem fornecido apoio técnico e formação continuada para essas alunas, visando à melhoria da qualidade, adequação às legislações vigentes e aos requisitos de mercado”, esclarece o professor Rodrigo Araújo.

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