Sete municípios da calha do Solimões entram em ‘atenção’ por causa da cheia

A Defesa Civil do Amazonas (Defesa Civil – AM), por meio do Centro de Monitoramento e Alerta do órgão (Cemoa), emitiu nesta terça-feira (14), um informativo hidrometeorológico que coloca a região do Alto Solimões em ‘Situação de Atenção’. O procedimento padrão informa as prefeituras o cenário atual das cidades e cobra medidas preventivas para o enfrentamento de uma enchente de proporções significativas.

“Nesta fase preventiva, realizamos o acompanhamento hidrológico e climatológico das regiões e orientamos às prefeituras quanto à apresentação do plano de contingência, que compreende, entre outros itens, o levantamento de pessoas que podem ser afetadas e possíveis danos socioeconômicos nas cidades”, informou o Secretário Executivo do órgão, coronel Fernando Pires Júnior.

A ‘Situação de Atenção’ é o primeiro estágio de um desastre, que pode evoluir para um Alerta e posteriormente para uma Situação de Emergência, e foi emitido para os municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Iça, Tonantins e Atalaia do Norte.

Monitoramento

De acordo com o Cemoa, baseado em dados fornecidos pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a região do Alto Solimões é afetada pelas de chuvas das cabeceiras do rio Amazonas, que causam elevação gradual do rio Solimões. As previsões meteorológicas indicam ainda o aumento das precipitações naquela área. A região também recebe a influência de países vizinhos como Bolívia, Equador e Peru, que devem receber grande volume de chuvas nas próximas semanas.

No ciclo natural da enchente, o pico máximo da região do Alto Solimões ocorre em maio. Hoje, em Tabatinga, o nível do rio chegou a 11,65m, faltando 2,17m para atingir o nível máximo, que é de 13,82, registrado em 28 de maio de 1999.

Primeira resposta

Como parte do Sistema Nacional de Defesa Civil, o executivo municipal é o responsável legal pela primeira resposta ao desastre. Em Atalaia do Norte, por exemplo, pontes de madeira já estão sendo construídas para garantir o acesso da população ás casas.

Juruá

Na calha do Juruá, dois municípios (Guajará e Ipixuna), já estão em Situação de Emergência, afetando 2.562 famílias. O Governo do Estado, por meio da Defesa Civil, enviou 12 toneladas de ajuda humanitária às cidades. O material já saiu do município polo em Eirunepé, com destino as cidades afetadas.

A ajuda humanitária é composta por alimentos não perecíveis, kit´s de medicamentos para a saúde básica, e para prevenir doenças de veiculação hídrica, hipoclorito de sódio para a purificação da água, kit´s dormitório e de higiene pessoal.

As cidades de Juruá, Carauari, Itamarati, Eirunepé e Envira permanecem em Situação de Alerta, com possibilidade de evolução para Situação de Emergência.

Balanço da Enchente em 2017:

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

1 – Guajará (calha do Juruá)
2 – Ipixuna (calha do Juruá)

Famílias afetadas: 2.562

SITUAÇÃO DE ALERTA

1 – Juruá (calha do Juruá)
2 – Carauari (calha do Juruá)
3 – Envira(calha do Juruá)
4- Eirunepé (calha do Juruá)
5 – Itamarati (calha do Juruá)

SITUAÇÃO DE ATENÇÃO

1 – Tabatinga (calha do Solimões)
2- Benjamin Constant (calha do Solimões)
3- São Paulo de Olivença (calha do Solimões)
4- Amaturá (calha do Solimões)
5-Santo Antônio do Iça (calha do Solimões)
6-Tonantins (calha do Solimões)
7- Atalaia do Norte (calha do Solimões)

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