Escavadeira de 1908 é retirada do Rio Madeira e vai compor acervo histórico de Porto Velho

Ela foi descoberta na década de 1960 e encontrava-se em situação de abandono, com risco de desmoronamento. 
 
A escavadeira centenária da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) foi retirada das margens do Rio Madeira, no último domingo (9), em Porto Velho (RO). Levada ao Estado em fevereiro de 1908, a ‘New Bucyrus’, como ela é conhecida, deve ser restaurada e incluída no acervo histórico da cidade.

Ela foi descoberta na década de 1960 e encontrava-se em situação de abandono, com risco de desmoronamento. Cerca de 20 militares da 5º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército Brasileiro (BEC) participaram da remoção, que durou quatro dias.
 

Foto: Reprodução/Rede Amazônica
A escavadeira foi usada na construção do canal do Panamá e fez parte das obras da ferrovia até Guajará Mirim (RO). O processo de deslocamento da peça só foi possibilitado graças a uma ação civil pública interposta pelo ministérios públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE). O objetivo foi cobrar a retirada e a proteção da máquina.

Curiosidade: Conheça 5 fatos curiosos de Porto Velho, capital de Rondônia

Em setembro do ano passado, o local em que escavadeira estava foi interditado pela Defesa Civil por conta do risco de desmoronamento. Um prazo chegou a ser estabelecido para que o município fizesse a retirada do maquinário, sob a pena de multa.

A necessidade de um estudo técnico para arquitetar um plano de trabalho acabou tornando mais extenso o processo de remoção da peça. Para as equipes responsáveis pelos trabalhos, as maiores dificuldades destacadas foram as chuvas, a dificuldade para chegar ao local e a impossibilidade do tráfego de viaturas.

Leia também: Aneel aprova reajuste nas contas de luz do Acre, Amapá e Rondônia

O presidente da Fundação Cultural de Porto Velho (Funcultural), Ocampo Fernandes, disse que a conclusão dos trabalhos de retirada é resultado do empenho de instituições, que possibilitaram a inclusão da peça. Ela será restaurada para ser incluída no acervo histórico da cidade.
 

Foto: Reprodução/Rede Amazônica
“Temos demandas judiciais a partir de 2011 para retirar esse equipamento desse espaço. Já ouve várias gestões que não conseguiram e, graças ao empenho de várias instituições, foi dado esse presente à população. Então, é de grande valia ter esse equipamento à população que vai visitar futuramente esse complexo”, finalizou Ocampo, em entrevista ao G1 Rondônia.
Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Amazonas pode sofrer com enchente da mesma magnitude que atingiu o Rio Grande do Sul? Especialista explica

Para ter uma dimensão da magnitude da enchente que ocorreu no estado gaúcho, grupos fizeram projeções da mancha de inundação sobre o mapa de diversas cidades, como Manaus.

Leia também

Publicidade