Mantenedor de animais silvestres Cariuá, o criadouro com quase 40 anos de preservação da fauna da Amazônia

A engenheira ambiental e proprietária do local, Lenita Alves de Toledo, cuida de mais de 100 animais silvestres.

Com quase 40 anos de preservação da fauna da Amazônia, o mantenedor de animais silvestres Cariuá (que significa homem branco entre os índios, em tupi) dispõe de uma grande diversidade de animais silvestres. A engenheira ambiental e proprietária do local, Lenita Alves de Toledo cuida de mais de 100 animais no recinto.

Centenas de animais já passaram pelo Cariuá, que já abrigou até leão e avestruz. Muitos foram levados para lá e se tornaram residentes, é o caso da quatá, Priscila, que foi entregue ainda com o cordão umbilical e segue viva e esbanjando simpatia pelo local. Algumas espécies também chegaram a se reproduzir em cativeiro, em plena área urbana, como é o caso da anta que vive na Reserva Cariuá.

Quatá, Priscila – Foto: Divulgação

Após mais de um ano sem receber visitas, Lenita abre as portas do criadouro para o Orientador do Grupo de estudos de animais selvagens do Amazonas (GEAS-AM), Prof° Laerzio Chiesorin que levará os estudantes para conhecer os mais de 100 animais.

O espaço sempre recebeu estudantes do ensino fundamental, médio e universitários, porém com a pandemia, o espaço teve que fechar as portas para visitas, mas agora retorna com a presença dos alunos da UFAM e que conta com o direcionamento pedagógico da sua filha, a arquiteta e urbanista Melissa Toledo.

“Aqui nós já recebemos animais de todas as formas, deixados pelo circo, mutilados ou apreendidos pelo IBAMA, esses animais que chegam, recebem todo cuidado médico, alimentação e principalmente amor, quando viável nós os preparamos para voltar para seu habitat natural” conta Lenita.

A engenheira ambiental e proprietária do local, Lenita Alves de Toledo. Foto: Divulgação

Para Melissa, realizar essas visitas é uma forma de enriquecer o conhecimento desses alunos, explicando o urbanismo, o crescimento da cidade e se questionar para onde vão os animais quando o espaço deles é invadido e o que é feito com eles.

“É um absurdo em uma cidade contemporânea urbana, por mais que se tenha antepassados culturais que nos trouxeram hábitos principalmente na gastronomia de nos alimentar de caças e quelônios, ainda recorremos para uso de forma ilegal dessas carnes. Hoje em dia já temos cativeiros legalizados que podem dispor dessa gastronomia” finaliza Melissa.

Concluindo sua especialização em educação ambiental a arquiteta retoma parceria com a sua mãe Lenita que cuida da conservação do mantenedor e Melissa da parte pedagógica, para tratar da questão urbana, seus impactos e consequências. 

Visitas 

O mantenedor fica localizado no bairro Aleixo e já conta com outras visitas agendadas para o decorrer do ano. 

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