Estátuas eternizam figuras históricas da educação e do marabaixo em Macapá

Além de fortalecer a memória, a homenagem também serve para a população conhecer mais sobre as cinco personalidades

Figuras históricas para a educação e o marabaixo foram eternizadas em forma de estátuas, em quatro pontos de Macapá. Além de fortalecer a memória, a homenagem também serve para a população conhecer mais sobre as cinco personalidades que tanto fizeram pela cultura do Amapá.

Em frente à escola Meu Pé de Laranja Lima, no bairro Santa Rita, se encontra a representação de Tia Gertrudes, a primeira mulher a tocar uma caixa de marabaixo e a puxar um ladrão.

No bairro Laguinho, na esquina da Rua Eliezer Levy com Avenida Mãe Luzia, tem a figura da Tia Venina, com a emblemática saia rodada usada pelas marabaixeiras.

Estátua da Tia Venina fica no bairro Laguinho — Foto: Rafaela Bittencourt/Rede Amazônica

Na Zona Norte, o visitante se depara com a estátua da Tia Chiquinha, na entrada Rodovia AP-70 que leva à comunidade quilombola onde ela nasceu e viveu: o Curiaú.

Já no Largo dos Inocentes, no Centro da cidade, é possível encontrar a representação de uma conversa dos professores Antônio Munhoz e Zaide Soledade.

As esculturas foram instalados na quinta-feira, 31 de dezembro de 2020, pela prefeitura, resultado de um trabalho produzido por artistas locais, do coletivo Urucum. 

Estátua da Tia Chiquinha fica no início da rodovia que dá acesso ao quilombo do Curiaú — Foto: Rafaela Bittencourt/Rede Amazônica

Demorou cerca de quatro meses para as estátuas serem entregues, mas o projeto já é antigo, foi idealizado há 2 anos. Para quem se depara com as representações, essa é uma maneira especial de conhecer mais sobre a cultura amapaense.

“Ficou bem legal, de noite colocaram uma iluminação bonita. É bom ter a cultura representada assim. Tem muitas pessoas que não conhecem, que passa mas não sabe o que é, como eu não sabia, mas é legal, isso é muito bom. Gostei”, disse o autônomo Wagner Gomes.

A produção contou com a contribuição de pelo menos 15 artistas. O material utilizado para construção das peças foi diverso, incluindo concreto armado, como explicou o artista visual Josaphat Urucum, um dos participantes da confecção.

“Essas esculturas foram trabalhadas em concreto armado e elas foram esculpidas pelo J Márcio e o assistente dele, Nilton. Enquanto isso, a gente adiantava outras esculturas que estavam em estrutura metálica precisando de serralheiro e várias outras classes de operários”, contou Josaphat. 

Estátua da Tia Gertrudes pode ser conferida no bairro Santa Rita — Foto: Rafaela Bittencourt/Rede Amazônica

A produção das estátuas também contou com apoio de arquivos pessoais, como os registros das famílias. O artista J. Márcio Carvalho ressaltou a importância do cuidado da população com as estátuas. A do professor Munhoz, por exemplo, já foi vandalizada 2 depois de instalada.

“É um patrimônio do município, do nosso estado e da nossa sociedade. E cada um tem que fazer seu papel de preservar a memória daqueles que um dia contribuíram com a nossa belíssima Macapá. Vale ressaltar que esse cuidado tem que vir de cada pessoa para poder manter uma memória viva”, destacou. 

Estátuas do professor Munhoz e professora Zaide ficam no Largo dos Inocentes, atrás da Igreja São José, no Centro — Foto: Rafaela Bittencourt/Rede Amazônica

Escrito por Rafaela Bittencourt e Edson Ribeiro

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Publicidade

Mais acessadas:

Estudo mostra que óleos de açaí e murumuru são potencialmente eficazes na preservação de madeiras amazônicas

Após nove meses, amostras de madeiras submetidas à pesquisa de campo no Acre revelam ação preservante de óleos como os de açaí, murmuru e patoá,
Publicidade

Leia também

Publicidade