Ribeirinha e pescadora do interior do Amapá completa 108 anos

Minervina Castro dos Santos tem 9 filhos, 18 netos, 23 bisnetos e 9 tataranetos. Ela completou a idade pós-centenária no dia 4 de agosto.

No aconchego da família, dona Minervina Castro dos Santos, completou 108 anos bem vividos nesta sexta-feira (4). Nascida em 4 de agosto de 1915, a idosa atravessou gerações e viu as mudanças pelas quais o Amapá passou no decorrer de mais um século.

A lista de parentes é extensa. Casou-se duas vezes e teve como fruto das uniões 9 filhos, dos quais apenas quatro estão vivos, 18 netos, 23 bisnetos e 9 tataranetos.

Minervina nasceu em uma comunidade conhecida como Vila do Sucuriju, distrito do município de Amapá, na costa do Estado, quase no encontro do Rio Amazonas com o Oceano Atlântico.

Foto: Arquivo pessoal da família

Ribeirinha “raiz”, Minervina trabalhava como pescadora para ajudar no sustento da família. Os familiares relembram que ela gostava muito de dançar e fumar no cachimbo com o seu pai. Ela não possui fotos dos tempos passados pela falta de acesso a tecnologias na região naquela época.

Minervina se mudou para a capital, Macapá, em meados de 1996, quando o esposo faleceu. Atualmente mora com uma neta e um tataraneto.

A longevidade é, desde sempre, atribuída a vida que levou no interior do Amapá. Segundo a neta Laila Renata, ela era uma mulher muito atuante nas áreas que dominava até meados dos 95 anos.

“Convivi com ela foi através de histórias da Vila do Sucuriju, da pesca, ensinamentos bíblicos e como tratar determinadas doenças de formas caseiras. Foram muitos ensinamentos e ela é uma senhora muito atuante”, disse.

Devido a idade, ela perdeu a visão, a locomoção e 90% da audição. No entanto, segundo a família, ela não possui nenhuma doença. “Temos muita gratidão a Deus por poder estar ao lado dela a tanto tempo e poder retribuir todo carinho que ela teve conosco”, disse Laila.

*Por Núbia Pacheco, do g1 Amapá

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Cientistas aprimoram metodologia para reduzir impacto da mineração na Serra dos Carajás

Nova técnica pode ajudar a proteger ecossistemas que abrigam espécies que só existem em áreas ricas em ferro.

Leia também

Publicidade