Feitas à base de taipa – barro e madeira – e pedra, as casas mais antigas de Manaus, 69 e 77, localizadas no Centro Histórico, reformadas pela Prefeitura de Manaus, entram em fase de adequações de acessibilidade da estrutura e da troca da cobertura, com a substituição das telhas de barro por capa de canal, tipo de telha que remete à época de fundação das casas, datadas do período colonial.
A obra, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), já teve a fase de retirada dos revestimentos das residências concluída e já foram confeccionados o lastro de concreto, alvenaria, estrutura de madeira da cobertura, instalações elétricas e sanitárias. Agora, a Seminf acompanha a troca das telhas e o serviço no forro em madeira. As casas também receberão pisos em ladrilhos desenhados e em madeira, sempre remetendo aos materiais originais.
Localizadas na rua Bernardo Ramos, as casas 69 e 77 carregam em sua arquitetura uma parte da história de Manaus, do período colonial, e são consideradas as residências mais antigas da capital amazonense, construídas em 1819. Depois de dez anos fechadas e após a desistência de três empresas em operar a reforma, a Prefeitura de Manaus retomou a obra com recursos do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultura (Funpatri), que elegeu as casas para aplicação do recurso.
Foto: Divulgação/Manauscult
Cessão de uso
De acordo com o diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Bernardo Monteiro de Paula, as casas compõem um conjunto arquitetônico que é muito importante para a revitalização do Centro Histórico de Manaus. Após reformadas, será concedido, por meio de edital, a cessão de uso do espaço, de forma que a sociedade e turistas possam ter acesso às construções e à história das casas. O objetivo, segundo ele, é dar prosseguimento às ações de ressignificação do Centro Histórico da Cidade.
Para isso, estão sendo feitas adaptações a fim de garantir acessibilidade de todos, segundo projeto coordenado pela Manauscult. “Toda a estrutura seguirá as normas de acessibilidade, com rampas, banheiros adaptados e todos os equipamentos necessários para que seja acessível ao público manauara e aos turistas”, comentou Bernardo Monteiro de Paula.
Histórico
A casa 69 possui 137,86 m², onde funcionava um escritório de contabilidade, há mais de dez anos, quando foi desapropriada pela Prefeitura por conta do valor histórico da residência. A casa de número 77, que faz esquina com o Beco José Casemiro, tem 151,24m², e já foi um bar antes de ter a desapropriação aprovada.
Em Manaus, o Funpatri foi criado pela Lei nº 722, de 4 de dezembro de 2003, e regulamentado pelo Decreto nº 8.525, de 21 de junho de 2006.
Com mais de 30 anos de carreira, Gian Danton consolida posição de Mestre do Quadrinho Nacional entre os principais nomes do país. Título é considerado o mais importante do Prêmio Angelo Agostini.