Caminhos do Rio Negro: trilhas turísticas unem quatro municípios no Amazonas

Entre os atrativos estão a observação de aves e fauna, mirantes, pico, cachoeiras, museus etc, em uma distância de cerca de 630 quilômetros.

Manaus, Iranduba, Novo Airão, Barcelos. Além de municípios amazonense que atraem turistas individualmente, essas cidades se unem com um propósito turístico em comum: o ‘Caminhos do Rio Negro‘. Trata-se de um conjunto de trilhas que iniciam em Manaus e encerram em Barcelos por meio de dois modais (caminhada e aquática).

Entre os atrativos estão a observação de aves e fauna, mirantes, pico, cachoeiras, museus etc, em uma distância de cerca de 630 quilômetros. Isso porque é uma trilha de longo curso, com caminhos de terra firme e aquáticas, que percorrem unidades de conservação do Mosaico do Baixo Rio Negro (MBRN).

Também estão incluídas as trilhas aquáticas de conexão, que interligam as demais trilhas, “mas que normalmente são percorridas com embarcação motorizada, o que não exclui a possibilidade de ser feita por embarcação não motorizada”, de acordo com a Associação Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso (Rede Trilhas).

Foto: Josangela Jesus/Facebook-Caminhos do Rio Negro

Divisão das trilhas

“As trilhas terrestres vão desde pequenas trilhas de 400 metros a travessias de 60km que demandam até quatro dias, passando por regiões que oferecem desafios para transpor ambientes encharcados, com acampamentos rústicos e uma natureza primitiva. As trilhas possuem baixa variação de altitude”, descreve a Rede Trilhas.

Essas trilhas são conectadas pelas trilhas aquáticas, das quais algumas delas passam por dentro do igapó (floresta inundada) e interligam atrativos como as praias e petróglifos da região. O uso de caiaques, por aventureiros, também é explorado nessas trilhas.

“Como existe possibilidade de uso de veículos de diferentes potências, o número de dias é uma estimativa, podendo os Caminhos serem feitos em mais ou menos dias”, informa a Rede Trilhas.

Autorização

Como algumas passagens são localizadas dentro de territórios com o do Parque Nacional do Jaú, é necessário solicitar autorização de entrada, que pode ser conseguida pelo e-mail parnajau@icmbio.gov.br. Da mesma forma, a autorização para percorrer a Trilha Terrestre do Apuaú, no Parque Nacional de Anavilhanas, pode ser solicitada pelo e-mail pna@icmbio.gov.br. Vale destacar que as rilhas são demarcadas e profissionais acompanham os trajetos.

É necessário consultar e solicitar autorizações porque as trilhas passam pelas seguintes Unidades de Conservação:

Parque Nacional de Anavilhanas;
Parque Nacional do Jaú;
Reserva Extrativista do Rio Unini;
Parque Estadual do Rio Negro Setor Norte;
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro;
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé;
Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista;
Área de Proteção Ambiental da Margem Direita do Rio Negro – Setor Puduari/Solimões;
Parque Municipal da Cacimba.

Curiosidades

Foto: Reprodução/Caminhos do Rio Negro

“A partir da experiência da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, foi levada a proposta de criação dos Caminhos do Rio Negro para o Conselho Consultivo do Mosaico, do qual fazem parte gestores das unidades de conservação, pesquisadores, ONGs atuantes na região, representantes de operadores e condutores de visitantes, moradores. Essas unidades de conservação juntas protegem um território de mais de 7 milhões de hectares”, destaca a Rede Trilhas.

Isso porque a região é vasta e o Rio Negro, por exemplo, varia aproxidamente 13 metros entre a cheia e a seca, apresentando ambientes bem diferentes nas duas épocas. Na cheia (março a agosto) é possível percorrer as trilhas entre os igapós. Já na seca (setembro a fevereiro), são revelados pedrais, muitos deles com petróglifos pré-coloniais, corredeiras e extensas praias.

O símbolo que designa o ‘Caminhos do Rio Negro’ é uma pegada que, de acordo com os organizadores, “remete ao logo do Mosaico do Baixo Rio Negro, que tem como sua figura central a tartaruga-da-Amazônia, um importante símbolo da região”. A representação artística foi aprovada pelo conselho do Mosaico no dia 25 de outubro de 2018.

A equipe responsável é formada por Josangela da Silva Jesus (idealizadora), Ângela Furuya Pacheco Midori (desenhista) e Sílvio Eduardo Lima Sarmento (design finalizador).

Foto: Reprodução/Facebook-Caminhos do Rio Negro

*Com informações da Associação Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso (Rede Trilhas) 

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